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Confronto de manifestantes com as forças de segurança, em Paris, neste sábado (5). | Abdul Abeissa/AFP
Confronto de manifestantes com as forças de segurança, em Paris, neste sábado (5).| Foto: Abdul Abeissa/AFP

O ano começa tumultuado para os governos da França e da Hungria. Neste sábado (5), milhares de pessoas tomaram as ruas das capitais dos dois países para protestar contra os governos do francês Emmanuel Macron e do húngaro Viktor Orbán.

Na França, além de Paris, manifestantes - que ficaram conhecidos nos últimos dias como “coletes amarelos” - saíram às ruas também em outras cidades, como Nantes, Rouen, Montpellier, Bordeaux e Toulouse. Foram as primeiras manifestações em 2019.

A mobilização dos “coletes amarelos” teve início no final do ano passado para contestar o aumento dos preços dos combustíveis. Depois, a novos temas foram encampados, com reivindicações contra a política social e fiscal do governo.

Macron acusa tentativa de “insurreição” e exige retorno à ordem. O governo condenou o que chamou de “violência estrema [que] veio atacar a República”. Foi o oitavo protesto desde que a mobilização começou, e reuniu 50 mil pessoas, segundo o ministro do Interior, Christophe Castaner.

A violência tem sido a marca dos protestos. Mais de 1,5 mil pessoas já ficaram feridas, 53 delas gravemente, entre os manifestantes, e quase 1,1 mil entre as forças de segurança. Dez pessoas morreram. Pelo Twitter, ontem, Castaner pediu que “todos tenham responsabilidade e respeito pela lei”.

A maioria dos participantes das manifestações são trabalhadores e membros da classe média baixa. Macron prometeu redução de impostos para os aposentados, aumentos salariais para os trabalhadores mais pobres e o abandono dos aumentos planejados de impostos para acabar com os protestos, mas até agora não conteve a revolta.

Húngaros protestam em Budapeste contra o governo de Viktor Orbán. Attila Kisbenedek/AFP

Reforma

Em Budapeste, na Hungria, milhares de pessoas saíram às ruas neste sábado (5) para protestar contra uma reforma adotada em dezembro pelo primeiro-ministro nacionalista conservador, Viktor Orbán.

A medida flexibiliza a legislação trabalhista. Entre os pontos da reforma, um deles estabelece que os empregadores podem pedir para que seus funcionários trabalhem até 400 horas extras por ano, ou seja, dois meses de trabalho, pagáveis em um prazo de até três anos.

Organizados pelos partidos da oposição e sindicatos, assim como por ONGs, os manifestantes se reuniram em frente ao Parlamento. O número foi menor que as expectativas dos organizadores, que esperavam reativar o movimento depois das festas de fim de ano. Antes das festas, eles conseguiram organizar dez dias de manifestações – algumas das quais marcadas por confrontos.

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