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O secretário do Conselho Supremo da Segurança Nacional do Irã, Ali Larijani, afirmou nesta terça-feira que Teerã e Londres iniciaram negociações diplomáticas para resolver a crise da detenção dos 15 militares britânicos, segundo a agência oficial Irna. O governo da Grã-Bretanha confirmou as negociações e o primeiro-ministro do país, Tony Blair, advertiu que as próximas 48 horas serão críticas.

"Não estamos procurando conflito e na verdade a coisa mais importante é trazer as pessoas de volta com segurança. E se eles querem resolver isso de maneira diplomática, a porta está aberta.", disse Blair a uma rádio da Escócia.

No entanto, após o anúncio de que as próximas 48 horas seriam críticas, a Grã-Bretanha pediu cautela na terça-feira contra a crescente especulação de que haverá uma rápida solução à crise motivada pela captura de marinheiros britânicos pelo Irã.

- Eu peço a vocês que sejam cautelosos ao assumir que provavelmente veremos uma resolução tranquila a essa questão - disse a secretária de Relações Exteriores, Margaret Beckett, a repórteres.

O movimento britânico para envolver a comunidade internacional no caso, levando o assunto ao Conselho de Segurança da ONU, irritou Teerã. Por causa disso, a libertação de Faye Turney, a única mulher no grupo de detidos, foi adiada pelo regime islâmico

- Estamos no começo do caminho. Se isto continuar, logicamente as condições podem mudar e podemos caminhar em direção a um acerto sobre o caso - afirmou Larijani, que é também o principal negociador iraniano em matéria nuclear.

Larijani declarou na segunda-feira ao canal de televisão britânico Channel 4 que seu país quer resolver a crise por canais diplomáticos, destacando que pode ser solucionado e que não haverá necessidade de submeter a julgamento os marinheiros detidos.

Na entrevista, Larijani acrescentou que deveria haver uma delegação que esclarecesse se os detidos estavam ou não em águas iranianas.

- Não temos interesse em que o assunto se complique mais - ressaltou.

O negociador iraniano reiterou as críticas do Irã à ONU e à União Européia (UE) por seu envolvimento em uma crise que Teerã considera bilateral.

As autoridades iranianas disseram na segunda-feira que, em resposta ao que consideram uma mudança de atitude dos britânicos, não exibirão por enquanto mais imagens dos militares detidos. Em vários vídeos divulgados até agora, os marinheiros reconheceram que estavam em águas jurisdicionais do Irã quando foram detidos.

Larijani também disse à televisão britânica que as imagens dos seqüestrados não teriam sido divulgadas se a Grã-Bretanha não tivesse se comportado irracionalmente.

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