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O ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, David Miliband, disse nesta sexta-feira estar preocupado com sérias fraudes na eleição presidencial no Afeganistão, afirmando que "livres e justas" não seria uma descrição apropriada do pleito.

Falando à rede BBC, Miliband disse que as alegações de fraude precisam ser investigadas a fundo e que a Grã-Bretanha não está disposta a ser "cúmplice de um engodo".

"O povo do Afeganistão, assim como o da Grã-Bretanha, precisa de um governo com credibilidade em Cabul, que possa liderar o país com seriedade", disse ele.

O presidente Hamid Karzai parece ter vencido a eleição de 20 de agosto, garantindo 54 por cento dos votos e assim dispensando a necessidade de um segundo turno. Entretanto em alguns distritos ele obteve até 96 por cento dos votos.

Seu principal adversário desafiou o resultado e acusou Karzai e seus apoiadores de roubar a eleição.

Miliband disse que "livres e justas" - uma frase usada com frequência pela ONU e por organismos independentes para descrever eleições que consideram ter sido bem sucedidas - não é uma frase que ele usaria.

"Livres e justas" em um país em guerra não seria a descrição correta", disse ele.

"A expressão sugere uma democracia de estilo ocidental. Milhões votaram e precisamos ter certeza de que a coragem que a população e que nossas forças demonstraram seja igualada pela determinação de obter o verdadeiro resultado".

"Se o presidente Karzai venceu, então deve continuar no cargo, e ele tem a grande responsabilidade de se comunicar com todo o panorama político afegão", disse ele.

"Mas obviamente se ele não conseguiu os 50 por cento no primeiro turno deve haver um segundo turno".

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