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A Grã-Bretanha prometeu na quinta-feira encarcerar o ex-presidente da Libéria Charles Taylor se ele for condenado por crimes de guerra, abrindo caminho para o seu julgamento no Tribunal de Haia.

- Estou satisfeita em poder responder positivamente ao pedido do secretário-geral da ONU para que, no caso de Charles Taylor ser condenado, ele cumpra sua pena no Reino Unido - disse a ministra britânica das Relações Exteriores, Margaret Beckett.

Ela afirmou em comunicado que a presença de Taylor em Serra Leoa continua a representar uma ameaça imediata à paz e que a Grã-Bretanha quer demonstrar seu compromisso com a justiça internacional.

Ex-professor que acabou se tornando um dos senhores de guerra mais temidos da África, Taylor aguarda julgamento no tribunal de crimes de guerra apoiado pela ONU na capital de Serra Leoa, antiga colônia britânica e país vizinho da Libéria.

Ele enfrenta 11 acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade por ter apoiado os rebeldes da Frente Revolucionária Unida (RUF), de Serra Leoa, que enviavam crianças drogadas para a batalha e mutilaram e violentaram civis durante o conflito brutal.

A corte apoiada pela ONU pediu à Holanda que o julgamento seja realizado na Corte Criminal Internacional, devido a preocupações de segurança, e que um terceiro país se oferecesse para responder por seu encarceramento.

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse em coletiva de imprensa:

- Estou grato ao primeiro-ministro Tony Blair e à chanceler Margaret Beckett por essa decisão de estadista, que marca outro avanço em nossa batalha contra a impunidade para os crimes mais hediondos."

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