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A Grã-Bretanha planeja endurecer as restrições sobre a imigração para reduzir o número de pessoas que o país absorve a cada ano para dezenas de milhares, afirmou o primeiro-ministro David Cameron nesta segunda-feira (10), em uma mensagem que deve agradar a ala direita de seu partido. Cameron quer assegurar que os futuros imigrantes tenham dinheiro suficiente para evitar depender do sistema de bem-estar social abrangente do país e que os empregos criados reduzam a taxa de desemprego ao invés de irem para estrangeiros. Em discurso a líderes empresariais, Cameron afirmou que queria "atrair os mais brilhantes e os melhores para a Grã-Bretanha", mas estava de olho nos abusos do sistema, tais como casamentos falsos e forçados e vistos concedidos para vagas em faculdades falsas.

"A imigração excessiva também traz pressão... pressão sobre nossas escolas, moradias e cuidados com saúde", disse ele. O Partido Conservador, de Cameron, quer reduzir a imigração de mais de 200 mil pessoas por ano para algumas dezenas de milhares, o que seus líderes argumentam ser mais administrável.

A diminuição da imigração é vista como uma forma de amenizar a pressão sobre os recursos públicos no momento em que a coalizão liderada pelos conservadores está promovendo cortes profundos nos gastos públicos. A política é bem recebida pela ala direita do partido, mas causou fricção ente os Democratas Liberais, o parceiro menor da coalizão. A Grã-Bretanha tem uma grande população de imigrantes vindos de antigas colônias no subcontinente indiano, África e Caribe. Mais recentemente, várias pessoas chegaram de nações europeias que não estão sujeitas a restrições, como a Polônia.

Todos os três principais partidos políticos consideram a imigração uma questão difícil. Cameron pediu que os britânicos denunciem supostos imigrantes ilegais para as autoridades. "Juntos, vamos reivindicar nossas fronteiras e enviar os imigrantes ilegais para casa", disse. O governo quer assegurar que as pessoas que trazem seus parentes para a Grã-Bretanha possam dar suporte a eles, acrescentou.

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