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A Grécia planeja construir uma cerca de 12,5 quilômetros de extensão na fronteira com a Turquia para impedir que imigrantes ilegais entrem no país, disse o ministro de Ordem Pública nesta segunda-feira.

Imigrantes asiáticos e africanos cada vez mais usam a fronteira da cidade grega da Evros com a Turquia para chegar à União Europeia, depois que o bloco aumentou a vigilância em suas fronteiras marítimas e a Espanha e a Itália assinaram acordos de repatriação com países africanos.

No ano passado, cerca de 128 mil imigrantes ilegais cruzaram a fronteira grega, mais de 40 mil no posto de Evros, informou o ministro de Proteção ao Cidadão, Christos Papoutsis, em nota.

"Esta é a dura realidade e temos uma obrigação para com o cidadão grego de lidar com isso", disse Papoutsis.

"Em um empenho para controlar o fluxo de imigrantes ilegais, vamos realizar a instalação de meios para deter as entradas ilegais na fronteira terrestre de 12,5 quilômetros em Evros".

A fronteira terrestre da Grécia com a Turquia tem mais de 200 quilômetros e acompanha, na maior parte, um rio. A cerca será construída na área em que a maior parte dos imigrantes chega, segundo as autoridades.

Atenas reclama há algum tempo que a Turquia não toma medidas suficientes para deter a imigração ilegal e que Ancara se recusa a aceitar de volta imigrantes ilegais que cruzaram de seu território, o que encoraja imigrantes a tomarem essa rota.

Os dois países prometeram nos últimos meses que vão melhorar sua cooperação na questão e Papoutsis disse que as medidas "não são de forma alguma contra a Turquia, pelo contrário" e que só visam a melhorar a cooperação entre os países.

A chegada de imigrantes ilegais aumentou em 369 por cento nos primeiros nove meses de 2010 em relação ao ano anterior, de acordo com a Frontex, órgão de fronteiras da UE. Grupos de direitos humanos criticaram as condições em que os imigrantes vivem.

Um porta-voz da Comissão Europeia disse nesta segunda-feira: "Já se comprovou no passado que cercas e muros são medidas de curto prazo que não ajudam a tratar e administrar os desafios migratórios de uma forma mais consolidada e estrutural".

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