Greve de trens afeta milhares de britânicos

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Uma greve de trens no sul da Inglaterra prejudicou nesta terça-feira cerca de 400 mil passageiros do país e gerou caos no sistema de transporte local.

Cerca de 900 funcionários da companhia ferroviária South West Trains (SWT), membros do sindicato ASLEF, iniciaram esta madrugada uma paralisação de 24 horas, em protesto pela decisão das autoridades da empresa, que contrataram pessoas não qualificadas para operarem os trens durante uma greve anterior.

A SWT, que opera todos os trens desde a estação londrina de Waterloo, no sul da cidade, declarou que realizará apenas 10% de suas viagens diárias.

Condutores

Nesta terça também acontece uma greve de condutores do trem Heathrow Express, que une a estação de Paddington, em Londres, ao aeroporto internacional de Heathrow. Os trabalhadores protestam por melhoras salariais.

A disputa com a SWT fez também com que os representantes votassem para outras duas greves, programadas para os dias 8 e 11 de setembro, a menos que se chegue a uma solução para o conflito, informou o sindicato ASLEF.

A disputa começou no início de 2006, quando vários condutores de trens que moravam a quilômetros de Waterloo decidiram utilizar táxis para chegar a seus postos de trabalho, repassando esses gastos à companhia.

Durante as primeiras greves, as autoridades da empresa decidiram empregar condutores não qualificados para operarem os trens, medida que, segundo a ASLEF, não respeitou regulamentações de segurança.

No entanto, o gerente-geral da SWT, Stewart Palmer, declarou que uma greve "é uma circunstância excepcional" e que "é necessário assegurar que milhares de passageiros não fiquem desamparados".

Nesse sentido, o secretário-geral da ASLEF, Keith Norman, mostrou-se "envergonhado" com o fato de a companhia "utilizar os passageiros" como desculpa para quebrar acordos sindicais e desculpou-se pelos atrasos e transtornos ocasionados às pessoas pelas greves.

As informações são da Ansa.