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Escola de Saúde Pública de Harvard diz que em 67% dos casos as pessoas passaram a lavar as mãos com maior frequência devido ao surto | Ronaldo Schemidt  / AFP Photo
Escola de Saúde Pública de Harvard diz que em 67% dos casos as pessoas passaram a lavar as mãos com maior frequência devido ao surto| Foto: Ronaldo Schemidt / AFP Photo

O novo vírus H1N1 acelerou sua difusão pelos Estados Unidos, mas as autoridades sanitárias disseram nesta sexta-feira (8) estar animadas com o fato de mais pessoas estarem lavando as mãos devido ao surto.

Os Estados já notificaram 2.500 casos prováveis ou confirmados da dita "gripe suína", segundo Richard Besser, diretor interino do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC).

"Há 1.639 casos confirmados em 42 Estados e no Distrito de Columbia (capital)", disse Besser. Cerca de 3,5 por cento dos casos exigiram internação, mas as autoridades dizem que o índice vai diminuir devido à maior vigilância, o que permite detectar casos brandos, e não só os mais graves.

O excesso de casos pode levar o CDC a abandonar a prática de submeter todos os pacientes suspeitos a exames. De acordo com Besser, os laboratórios oficiais estão analisando 300 a 400 amostras por dia de pessoas com sintomas como febre, tosse seca e dores musculares, e que já tenham dado positivo em exames rápidos para gripe.

Das 26 pessoas hospitalizadas, mais de metade tinha problemas pregressos de saúde que agravaram os sintomas, segundo Besser. Sete desses pacientes tinham asma.

De acordo com o especialista, a boa notícia é que a divulgação da doença estimulou as pessoas a mudarem seus hábitos.

Robert Blendon e seus colegas da Escola de Saúde Pública de Harvard entrevistaram mil adultos dos EUA.

Eles relataram que em 67 por cento dos casos as pessoas ou alguém em seus domicílios passaram a lavar as mãos com mais frequência devido ao surto. E 55 por cento pretendem ficar em casa com os filhos ou trabalhar de casa se adoecerem, se as escolas fecharem ou se algum parente contrair a doença.

"Isso realmente entrou nas suas vidas", disse Blendon. "Não é algo que as pessoas estejam assistindo e não estejam fazendo nada a respeito. É bem impressionante."

Besser disse que o H1N1 representa um "momento didático" que pode não só ajudar as pessoas a se prepararem contra pandemias futuras, como também mudar o rumo de outras doenças infecciosas.

"Se elas podem fazer com que lavar as mãos seja algo rotineiro, se conseguem fazer com que cobrir a tosse adequadamente seja algo rotineiro (...), elas irão se proteger não só da 'influenza', mas de muitas infecções respiratórias. Seria absolutamente maravilhoso se a consequência de as pessoas tomarem mais precauções contra a gripe fosse uma diminuição das doenças gastrointestinais."

Especialistas dizem que lavar as mãos constantemente é a melhor forma de prevenção contra a gripe H1N1.

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