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Cientistas do Brasil, do Reino Unido e da França conseguiram seqüenciar o genoma das espécies Leishmania infantum e Leishmania brasiliensis do parasita causador da leishmaniose, a segunda doença parasitária que mais mata, depois da malária.

O trabalho, que é publicado pela revista científica britânica "Nature" em sua edição na internet, pode ajudar na busca de tratamentos para a doença, já que ainda não há vacina para a leishmaniose, doença que afeta dois milhões de pessoas no mundo todo por ano.

Após seqüenciar o genoma do Leishmania infantum e do Leishmania brasiliensis, os cientistas compararam a composição genética destas duas espécies parasitárias com a de outra, o Leishmania major, decodificada em 2005.

Em sua análise, os especialistas descobriram que somente 200 das mais de oito mil peças que compõem o genoma desse parasita estavam distribuídas de um modo diferente, dependendo da espécie.

Eles descobriram, ainda, que somente cinco genes do Leishmania major estavam ausentes do genoma dos outras duas variantes, o que contrasta com a diferenciação genética de 20% que existe entre as diferentes espécies do Plasmodium, causador da malária.

"Talvez, apenas poucos genes do parasita sejam importantes para determinar que tipo de doença será desenvolvido depois da infecção, e talvez o genoma do infectado desempenhe um papel mais importante nas manifestações clínicas da doença", afirma Deborah Smith, professora da Universidade de York, na Inglaterra.

Por enquanto, são desconhecidos os fatores que determinam em qual variante -- das três conhecidas -- a doença vai se manifestar: visceral, cutânea ou muco-cutânea. Seja como for, os especialistas acreditam que, com a grande semelhança entre o genoma das três espécies de leishmania, haverá no futuro um grande número de vacinas que oferecerão imunidade imediata contra o parasita.

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