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Wagner Center, sede do grupo mercenário em São Petersburgo, na Rússia.
Wagner Center, sede do grupo mercenário em São Petersburgo, na Rússia.| Foto: EFE/EPA/Anatoly Maltsev

O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, determinou férias para os mercenários até o início de agosto, após a fracassada rebelião de combatentes ocorrida em junho, garantiu a um jornalista russo um dos comandantes da empresa militar privada, conhecido como “Lotus”. “Puseram a todos nós de férias até o início de agosto. Há muitas questões pela frente que precisam ser resolvidas. Por isso, [Prigozhin] decidiu permitir que todos descansem”, afirmou Anton Ilizarov ao jornalista Timofey Ermakov, segundo publicam canais de blogueiros militares no Telegram.

“Pessoalmente, há cinco anos que não vou à praia com a minha família. Outros rapazes também estão envolvidos com assuntos familiares. Para dar a todos a chance de descansar diante do trabalho que temos de fazer, a decisão foi tomada pelo conselho de comandantes”, garantiu “Lotus”, que se encontrou casualmente com o jornalista em uma cafeteria no sul da Rússia. Ali, Ilizarov explicou ao profissional de imprensa que, depois das férias, começará o trabalho de transferir os integrantes do Grupo Wagner para Belarus, em virtude do acordo feito com o Kremlin para interromper a rebelião armada, em troca de não ser feita nenhuma acusação formal.

“Primeiro, precisamos colocar sangue novo. O segundo, e mais difícil, é o acesso à Belarus. Temos de preparar bases, campos de treinamento, coordenar com os governos e administrações locais, organizar a interação com as forças da ordem de Belarus e estabelecer a logística”, disse Ilizarov. “Há muito trabalho, e as tarefas não são fáceis. Mas quanto mais difícil é a tarefa, mais interessante é. Acredito que podemos executá-las”, completou.

O comandante também afirmou que está acompanhando de perto a situação na Ucrânia e que está “preocupado”. “Quando não escutam você, ignoram todas as propostas e formas de solucionar os problemas, inclusive quando você fala disso com todo mundo, então provavelmente é melhor dar um passo para trás e olhar de fora tudo o que acontece”, disse “Lotus”. Ele garantiu que, se os mercenários forem chamados para ajudar novamente, “pelo povo russo, estarão prontos para fazê-lo”.

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