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O presidente Vladimir Putin se reuniu com o vice-ministro da Defesa russo, Yunus-Bek Yevkurov e o ex-comandante do Grupo Wagner, Andrei Troshev, no Kremlin, em agosto
O presidente Vladimir Putin se reuniu com o vice-ministro da Defesa russo, Yunus-Bek Yevkurov e o ex-comandante do Grupo Wagner, Andrei Troshev, no Kremlin, em agosto| Foto: EFE/EPA/MIKHAIL METZEL/KREMLIN / POOL

O Grupo Wagner, cujo chefe, Yevgeny Prigozhin, morreu em circunstâncias estranhas em agosto, voltou a recrutar mercenários na região dos Urais e na Sibéria para combater ao lado do Exército da Rússia, informou a imprensa russa nesta quarta-feira (1º).

"Estamos selecionando homens que têm experiência em combate, incluindo aqueles que fizeram parte de empresas militares privadas", disse um representante do grupo de mercenários ao portal 59.ru, na cidade de Perm, nos Urais.

Ao contrário do que acontecia na época de Prigozhin, no entanto, agora a empresa não recruta ex-presidiários.

O contrato de seis meses estipula um salário entre 80.000 rublos (cerca de R$ 4330) e 240.000 rublos (cerca de R$13 mil), dependendo do local.

"Precisamos de pessoas desesperadas e corajosas, as melhores entre as melhores", diz o canal do grupo no Telegram.

O candidato deve ter passaporte russo, não sofrer de asma, diabetes ou doenças oncológicas, e não ter registro criminal ligado ao uso de substâncias psicotrópicas.

A empresa confirmou que o Wagner agora é chefiado por Pavel Prigozhin, o único filho do fundador do grupo, que morreu quando seu avião caiu em agosto.

A retomada do recrutamento também foi relatada pelo portal ngs.ru, da cidade siberiana de Novosibirsk.

"Já estamos assinando contratos há dois ou três dias. Não os assinamos com o Ministério da Defesa, mas com a Guarda Nacional. Por enquanto, não estamos pegando prisioneiros e pessoas doentes", disse a fonte.

No domingo (29), o líder checheno Ramzan Kadyrov recebeu oficialmente mais de 170 ex-integrantes do Grupo Wagner nas forças especiais da república do Cáucaso.

Kadyrov, que já teve seus altos e baixos com Prigozhin por causa de suas críticas ao ministro da Defesa, Sergey Shoigu, afirmou que os ex-membros do grupo já assinaram contratos com o Ministério da Defesa.

A imprensa russa informou na semana passada sobre o retorno ao campo de batalha dos temidos mercenários nas fileiras do batalhão especial Arbat, que está participando da batalha por Avdivka, na região ucraniana de Donetsk.

Os mercenários deixaram a Ucrânia depois de capturar o reduto de Bakhmut em maio, após a rebelião armada fracassada de Prigozhin contra o Kremlin em junho.

No início de outubro, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que o avião privado em que Prigozhin e seus assessores próximos caíram em agosto não foi abatido e sugeriu que eles próprios eram responsáveis pela tragédia.

Putin, que foi acusado por membros do Wagner, pela oposição e por políticos ocidentais de ser o responsável pelo acidente, lamentou que os especialistas não tenham realizado exames médicos para detectar a presença de álcool e drogas "no sangue do falecido".

Posteriormente, ele se reuniu no Kremlin com um ex-comandante do Grupo Wagner, Andrei Troshev, com quem discutiu a criação de "unidades voluntárias" no Ministério da Defesa.

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