Magnata russo é detido na França e Putin afirma que “agirá em sua defesa”

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O Ministério Público da França comunicou, nesta segunda-feira (30), a detenção do magnata russo Alexey Kuzmichev, investigado no exterior por lavagem de dinheiro, violação de sanções internacionais e evasão fiscal.

O governo francês detalhou ao jornal Le Monde que realizou uma operação de busca e apreensão envolvendo 60 policiais em duas propriedades do oligarca, uma em Paris e outra na região de Var, no sul da França.

Ao jornal Financial Times, uma fonte judicial francesa afirmou que a investigação preliminar diz respeito a alegações de violações de sanções internacionais, evasão fiscal e branqueamento de capitais.

O bilionário é um dos principais acionistas da empresa Alfa Group, especializada em investimentos privados no exterior, e possui "boas relações" com o presidente russo, Vladimir Putin, que concedeu ajuda política ao empresário nos negócios fora da Rússia.

Em 2022, Kuzmichev já havia sido sancionado pela União Europeia por "apoiar ativamente as lideranças russas responsáveis ​​pela anexação da Crimeia e pela desestabilização da Ucrânia”.

Segundo publicação do Diário Oficial europeu, o empresário russo foi responsável por fornecer significativa receita ao Kremlin, em meio à guerra iniciada contra o território ucraniano.

Ao tomar conhecimento da operação e detenção do aliado, Putin afirmou que agirá para "defender os diretos dos cidadãos russos". O presidente não deu detalhes sobre como ocorrerá a intervenção.

O porta-voz do governo, Dmitry Peskov, respondeu à imprensa que o Kremlin "deve receber mais informações sobre a detenção por meio da missão diplomática em breve”.