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O líder da oposição venezuelana, o presidente-interino, Juan Guaidó, oferece hoje uma entrevista coletiva após o incidente com agentes do regime, em Caracas (Venezuela).
O líder da oposição venezuelana, o presidente-interino, Juan Guaidó, oferece hoje uma entrevista coletiva após o incidente com agentes do regime, em Caracas (Venezuela).| Foto: Miguel Gutiérrez/Agência EFE/Gazeta do Povo

O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó apareceu nesta segunda-feira (12), na porta de sua casa, livre, pouco depois que sua esposa, Fabiana Rosales, denunciou que oficiais do grupo de elite da polícia (FAES) estavam em sua residência para prendê-lo.

"A intimidação nunca nos impediu", declarou Guaidó aos jornalistas que estavam à porta da residência, onde também estavam um pequeno grupo de apoiadores do político.

O principal opositor a Nicolás Maduro, que disse não ter sido preso devido à presença da imprensa e de seguidores, detalhou que os policiais que tentaram prendê-lo não tinham nenhum tipo de identificação. Isso o levou a chamar a tentativa de prisão de "sequestro".

"Entraram em nossa residência sem qualquer tipo de ordem, sem qualquer tipo de identificação, apontando armas grandes, e detonaram um explosivo dentro do porão de nosso prédio", relatou Guaidó, ao mesmo tempo em que denunciou que seu motorista foi espancado fora do veículo e amarrado.

"Não sei onde ele está agora, estou procurando informações", acrescentou o líder da oposição, que culpou o ditador Nicolás Maduro pelo que aconteceu.

Ele também denunciou que não sabe onde o ex-deputado da oposição Freddy Guevera, que foi preso minutos antes de os policiais aparecerem em sua residência, é mantido detido.

"Quem está assediando e sequestrando Freddy Guevara, que o perseguiu até o porão e que detonou um explosivo no porão de nossas casas?", questionou Guaidó.

Guaidó também aproveitou a oportunidade para se dissociar das acusações do governo de Maduro de estar supostamente ligado aos grupos armados instalados no bairro de Cota 905, em Caracas, e reiterou que essas gangues são financiadas pela ditadura bolivariana.

Além disso, Guaidó perguntou ao regime se com essa tentativa de prisão eles estão "sabotando" o processo de negociação que ele vem impulsionando.

"Eles têm medo de chegar a um acordo de salvação nacional? É a ditadura que tem medo disso em qualquer caso. Permanecemos firmes em nossas convicções e no que estamos procurando", destacou.

"É um acordo para salvar a Venezuela. Se eles pensam que intimidar, se pensam que gerar algum tipo de assédio vai nos deter, isso não vai acontecer", completou.

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