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O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, convocou seus apoiadores para dois novos atos contra o regime de Nicolás Maduro. Na semana passada, o líder oposicionista se juramentou como chefe do Executivo do país frente a uma multidão, após gigantescos protestos contra o chavismo tomarem as ruas de diversas cidades. 

Maduro, no entanto, permanece como presidente, segue ocupando o Palácio de Miraflores e tem o respaldo das Forças Armadas. Guaidó, por sua vez, teve a autoridade reconhecida pelos Estados Unidos, pelo Brasil e por diversos outros países. 

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Neste domingo (28), em pronunciamento transmitido ao vivo, Guaidó convocou os venezuelanos para um protesto pacífico na quarta-feira (30). Durante duas horas, as pessoas devem abandonar suas atividades para ir à rua, pediu o autodeclarado presidente. Para o sábado (02), Guaidó quer que as pessoas façam protestos "em todos os cantos da Venezuela" e do planeta contra o governo de Maduro. O sábado é a data-limite sugerida pela União Europeia para que Maduro convoque novas eleições.

EUA rebatem ameaças

Em 23 de janeiro, quando centenas de milhares de pessoas saíram às ruas em todo o país para protestar contra o regime chavista, Nicolás Maduro anunciou o rompimento das relações diplomáticas com os EUA e deu 72 horas para que todos os diplomatas deixassem o país - o que acabou não acontecendo. Alguns voltaram aos EUA, mas uma pequena equipe continua trabalhando na embaixada americana. Diante disso, o ditador afirmou que deu um prazo de 30 dias para negociar o estabelecimento de um escritório de interesses na Venezuela. O Departamento de Estado dos EUA deu a entender que não planeja manter negociações com Maduro, já que a autoridade que o país reconhece como presidente é Juan Guaidó.

Em uma sequência de tuítes, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, afirmou que “qualquer violência e intimidação contra o pessoal diplomático dos EUA, o líder democrático da Venezuela, Juan Guiado, ou a própria Assembleia Nacional representaria um grave ataque ao Estado de Direito e será recebido com uma resposta significativa”.

Ele também alertou que o “apoio e o controle de Cuba sobre as forças de segurança e paramilitares de Maduro são bem conhecidos”.

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Neste domingo, a Casa Branca reconheceu o opositor Carlos Vecchio como encarregado de negócios da Venezuela nos Estados Unidos. Ele foi indicado por Juan Guaidó e vive nos EUA, para onde fugiu quando o regime chavista emitiu um mandado de prisão contra ele por instigar violência nos protestos em 2014. Vecchio pertence ao Voluntad Popular, mesmo partido de Guaidó e Leopoldo López, que está preso sob as mesmas acusações.

O gerenciamento das contas do Estado venezuelano no Federal Reserve e outros bancos americanos também passará para as mãos da oposição. O senador republicano Marco Rúbio anunciou que a transferência também valerá para as contas do Banco Central da Venezuela (BCV).

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