• Carregando...

Quando o assunto é preservação de espécies ameaçadas, todo esforço é pouco. Guardas florestais de um parque nacional na República Democrática do Congo lutam para salvar uma gorila de apenas dois meses, que foi encontrado com a mãe morta -- baleada na parte de trás da cabeça, informaram ambientalistas no domingo (10).

"Ela está mais ou menos bem. É, com certeza, uma situação preocupante, mas não sem esperanças", disse Paulin Ngobobo, funcionário do Parque Nacional Virunga, na cidade de Goma, onde ele toma conta do filhote.

Ele disse que a gorila-das-montanhas, nascida em 15 de abril e chamada de Ndakasi por ambientalistas, bebe leite em pó de mamadeira. Gorilas-das-montanhas geralmente são amamentados pela mãe até os três anos de idade.

Apenas 700 gorilas-das-montanhas sobrevivem em vida selvagem, mais da metade deles em Virunga.

Pelo menos dois deles foram mortos e consumidos neste ano por rebeldes vivendo na região, com a batalha das milícias que se arrasta, apesar do fim oficial da guerra de cinco anos do Congo em 2003, onde a violência, a fome e doenças mataram cerca de 4 milhões de pessoas.

Não ficou claro quem matou a gorila-mãe e qual o motivo. Ela foi morta em "estilo execução" com um tiro na parte de trás da cabeça, e não foi levada para ser consumida, disse Emmanuel de Merode, da entidade de conservação Wildlife Direct.

"Há milícias aqui. Esse incidente em particular foi na área de Mikeno, que fica próxima a fronteira de Ruanda. Houve muita luta naquela área em janeiro, e os problemas não foram totalmente resolvidos", disse.

Nos mês passado, rebeldes Mai Mai atacaram postos de patrulhamento no parque de Virunga, matando um guarda florestal e ferindo outros três. Eles ameaçaram abater gorilas se houvesse retaliação dos guardas florestais, disse a Wildlife Direct na época.

Mais de 150 guardas florestais foram mortos na última década nos parques congoleses por caçadores, grupos rebeldes, mineiros ilegais e invasores de terra.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]