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Pelo menos 162 mil pessoas foram mortas em três anos de guerra na Síria, segundo estimativas divulgadas pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) nesta segunda-feira, e outras milhares estão desaparecidas depois de terem sido capturadas por forças do presidente Bashar al-Assad e dos rebeldes que tentam derrubá-lo. Em abril, o balanço era de 150 mil mortos.

O grupo de monitoramento, pró-oposição síria e com sede no Reino Unido, afirmou que as perdas entre os combatentes no lado do governo foram maiores do que no campo dos rebeldes.

De acordo com as estimativas, pelo menos 54 mil civis foram mortos desde o início do conflito e outros 62,8 mil entre os membros do Exército, milícias pró-Assad, combatentes do grupo libanês Hezbollah e outros estrangeiros xiitas. Do lado dos rebeldes, foram 42,7 mil mortos, incluindo militantes da Frente al-Nusra, ligada à rede al-Qaeda, e outras brigadas islamitas, e soldados que desertaram do Exército sírio.

O Observatório afirmou que todas as partes em conflito minimizam suas perdas, por isso é quase impossível chegar a um dado preciso, e que a cifra total de mortos pode ser provavelmente maior, chegando a 230 mil. Cerca de 3 mil pessoas de identidade ou afiliação desconhecida também morreram, segundo o grupo de monitoramento.

Ainda segundo o grupo, seus números não incluem 18 mil pessoas que foram presas pelas autoridades e cujo destino é desconhecido, assim como milhares de pessoas estão desaparecidas depois de ataques por parte das forças de segurança.

Outros 8 mil soldados e milicianos pró-Assad desapareceram após terem sido capturados por rebeldes, e centenas de pessoas foram sequestradas, disse ele. Outros 1.500 soldados foram sequestrados em lutas internas dos rebeldes

Os esforços para encontrar uma solução política para o conflito colapsaram nas negociações de paz em Genebra, há três meses, e o mediador internacional Lakhdar Brahimi vai renunciar no final deste mês.

Assad, que recuperou lentamente o controle no Centro do país, provavelmente ganhará o seu terceiro mandato presidencial de sete anos nas eleições de 3 de junho, classificadas por seus inimigos de farsa.

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