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 | Pedro Serapio
| Foto: Pedro Serapio

A existência de duas, e não apenas uma corrente fundamentalista no mundo é o tema da palestra do professor de Direito da UFPR Luis Lopes Pereira, hoje, durante o 1º Encontro de Relações Internacionais organizado pela Casa Latino-Americana. Ontem, ele conversou com a Gazeta do Povo:

O que mudou na sociedade americana nesses oito anos de combate ao terrorismo?

Aos menos nos EUA, o fundamentalismo protestante arrefeceu muito.

A própria eleição de Obama é um sintoma disso.

O mundo está mais seguro?

Não, de forma alguma.

Obama deveria negociar com as milícias mais do que enviar tropas?

Sem dúvida, mas aí vem o interesse da indústria bélica. Os EUA gastam por ano US$ 5 bilhões com as tropas.

A mágoa do Oriente Médio com a demarcação artificial de suas fronteiras pelo Ocidente está na origem de Al-Qaeda e Taleban?

Não diretamente, mas indiretamente, sem dúvida nenhuma. A falta de autonomia desses países refletiu no nascimento desses grupos, que depois flutuaram de acordo com a geopolítica internacional. Por exemplo, o Taleban já foi armado pelos EUA.

Surgiu evidência de ligação dos muçulmanos do Oeste do Paraná com o terrorismo, como foi sugerido após o 11 de Setembro?

É especulação, que pode fundamentar uma intervenção futura no Aquífero Guarani, devido ao interesse pela água.

Mas há grupos muçulmanos que financiam grupos armados?

Sem dúvida, e grandes potências também. A China tem muito interesse na região (onde atuam Taleban e Al-Qaeda).

Obama mudou a proposta de paz para o Oriente Médio?

Não. Como cidadão, ele tem uma visão de mundo interessante. Mas tem limitações devido à lógica conservadora do país.

Serviço

I Encontro Curitibano de Relações Internacionais

Hoje, 19h: Luis Fernando Lopes Pereira."Conflitos Internacionais no Século XXI: choque de civilizações ou confronto de fundamentalismos?"

20h: Cristina Pecequilo: "Barack Obama e América Latina: hegemonia e autonomia."

Local: Hotel Elo. Rua Augusto Stellfeld, 456.Informações: 3013-7570.

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