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Cinco dias depois da libertação de seis policiais e quatro militares mantidos reféns há mais de uma década pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), guerrilheiros do grupo atacaram forças do Exército da Colômbia no sábado e mataram ao menos seis militares, de acordo com informações das autoridades colombianas. Três guerrilheiros também teriam sido mortos durante o confronto.

O ataque ocorreu no mesmo dia em que uma declaração em vídeo foi emitida por um dos principais líderes das Farc, Luciano Marin Arango, conhecido como Ivan Marquez, reafirmando o fortalecimento do grupo guerrilheiro mais antigo em atividade da América Latina. Segundo as palavras do guerrilheiro, o grupo "não está debilitado".

"Não existe o fim da guerrilha propagandeado pelos peões da transnacionalização da economia na Colômbia. O que há é uma intensa confrontação política e militar e uma mobilização crescente dos setores sociais", afirmou Márquez na gravação, onde apareceu vestido com um uniforme verde oliva com um poster com a imagem de Pedro Antonio Marin, conhecido como Manuel Marulanda ou Tirojito, ídolo dos guerrilheiros até seu falecimento em março de 2008.

Esta semana, três dias após a entrega dos soldados sequestrados, o exército matou 13 guerrilheiros em um bombardeio na província de Meta, no centro do país. Em março, as Farc mataram 11 soldados no departamento de Arauca (fronteira nordeste com a Venezuela) enquanto negociavam a libertação dos reféns.

A resposta do governo foi dura, e em pouco mais de uma semana 68 guerrilheiros foram mortos em duas operações.

O ataque deste sábado é mais um episódio da sangrenta batalha entre as FARC e o governo colombiano, que exige que os rebeldes mostrem com atitudes incontestáveis a sua suposta vontade de negociar a paz.

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