Mais de 2 mil militantes pró-russos invadiram uma delegacia de polícia na cidade ucraniana de Odessa, ontem, forçando a libertação de cerca de 70 colegas que estavam presos por apoiarem atos a favor de Moscou.
A mesma cidade havia sido palco de um dos episódios mais violentos da tensão no país na última sexta-feira, quando um incêndio em um prédio deixou mais de 40 mortos, o que o primeiro-ministro ucraniano classificou de "um plano russo para destruir a Ucrânia".
"O que aconteceu em Odessa faz parte do plano da Federação da Rússia para destruir a Ucrânia e seu Estado", afirmou Arseni Yatseniuk durante uma entrevista coletiva na cidade, depois de uma série de encontros com representantes das autoridades locais e da sociedade civil da cidade litorânea.
O premiê também lamentou as mortes ocorridas devido ao incêndio e criticou as forças de segurança de Odessa pela operação.
Os mortos na tragédia eram manifestantes pró-russos, que ocupavam o prédio, onde funcionava uma central sindical.
Os ativistas libertados ontem foram recebidos por familiares, amigos e simpatizantes concentrados no pátio interior do edifício com gritos de "Não perdoaremos" e "Odessa, cidade russa", segundo a imprensa local.
Moscou nega que esteja financiando os movimentos pró-Rússia no país vizinho.
Já o presidente interino ucraniano, Oleksander Turchinov, lamentou que que, apesar de terem combatido os separatistas em Odessa, as forças de segurança do leste do país, em cidades como Lugansk e Donetsk, estejam se aliando aos rebeldes.
O presidente afirmou que forças especiais russas estão tendo sucesso em desestabilizar a Ucrânia, com a ajuda de "convidados especiais da Transnístria", região separatista da vizinha Moldova, próxima a Odessa.
Gás
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e a chanceler alemã, Angela Merkel, discutiram a crise na Ucrânia em uma ligação telefônica e destacaram a importância de uma "ação efetiva internacional" para reduzir a tensão, disse o Kremlin ontem.
Os líderes também discutiram o fornecimento de gás russo e seu trânsito, baseado nos resultados de uma recente reunião em Varsóvia.
Na sexta-feira, a Rússia ameaçou cortar fornecimento de gás natural para a Ucrânia em julho se não receber pagamento prévio do país, que passa por dificuldades econômicas.
Marçal repagina versão “Bolsonaro 2018” e cresce na direita com discurso antissistema e combativo
Exceto o Brasil: 11 países das Américas rejeitam decisão oficial sobre vitória de Maduro
Moraes mostra teimosia autoritária com “metainquérito” para apurar vazamento
Trump abandona entrevista após ser avisado sobre perigo de novo atentado contra sua vida
Deixe sua opinião