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Ataque a palestinos

Mais dois corpos são encontrados

Os corpos de dois palestinos mortos por disparos israelenses no mar, perto da costa da Faixa de Gaza, apareceram na costa ontem. Com isso, subiu para seis o número de supostos militantes mortos pela Marinha israelense, em uma ação realizada na segunda-feira na área.

Os dois corpos de homens na casa dos 20 anos tinham ferimentos de bala na cabeça. Médicos locais retiraram os cadáveres, segundo o chefe dos serviços de emergência de Gaza, Muawiya Hassanein.

Israel atacou na segunda-feira uma embarcação que segundo o país levava "um esquadrão de terroristas em roupas de mergulho, em seu caminho para executar um ataque terrorista".

Um sobrevivente que estava na costa no momento do ataque disse que os seis homens no barco eram membros do grupo Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, ligado ao movimento secular Fatah, que faziam exercícios de natação.

O grupo palestino Hamas afirmou ontem que "não se opõe" ao monitoramento da União Europeia na passagem fronteiriça em Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egito. A su­­gestão feita seria um modo de romper o bloqueio israelense e egípcio ao território controlado pelo Hamas. Mais cedo, o governo egípcio disse que manterá aberta "indefinidamente" a fronteira com a Faixa de Gaza, mas apenas para a en­­trada de ajuda humanitária e para que ocorra um certo nú­­mero de viagens.

"Nós não nos opomos à presença de um organismo de monitoramento europeu na passagem de Rafah, contanto que não haja interferência is­­raelense nesse assunto", afirmou um porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri.

A Espanha, que ocupa a presidência rotativa da UE, afirmou que divulgará em breve uma proposta para encerrar o bloqueio israelense na Faixa de Gaza. A iniciativa é su­­gerida após a ação israelense para interceptar uma flotilha hu­­mani­­tária que seguia para Gaza, que resultou em nove ativistas mortos, na semana passada.

Um funcionário egípcio disse que o cerco à Faixa de Gaza, que já dura três anos, levou apenas a mais militância e radicalismo no território pa­­lestino.

O gesto egípcio restaura uma ligação entre a isolada e empobrecida Faixa de Gaza, com 1,5 milhão de habitantes, e o mundo exterior. A medida também parece ser maneira do Egito reduzir as crescentes críticas, no mundo árabe, à participação do Cairo no cerco à Faixa de Gaza. "O Egito é um dos que quebrou o bloqueio", disse Hossam Zaki, porta-voz do Ministério das Relações Ex­­teriores do Egito.

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