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Família palestina observa a destruição de suas casas após bombardeio de Israel em Jabalya, no norte de Gaza | Suhaib Salem/Reuters
Família palestina observa a destruição de suas casas após bombardeio de Israel em Jabalya, no norte de Gaza| Foto: Suhaib Salem/Reuters
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O porta-voz do Hamas na Faixa de Gaza, Ayman Taha, anunciou neste domingo (18) que o movimento e outras facções islâmicas decretaram um cessar-fogo unilateral de uma semana no território palestino. Em troca, o Hamas exige a retirada de Israel do território sob ataque há 22 dias.

A informação foi confirmada por um porta-voz da Jihad Islámica em Damasco, na Síria. Israel ainda não respondeu à proposta palestina.

Mais cedo, o premiê de Israel, Ehud Olmert, havia dito que Israel não vai estabelecer um prazo para a retirada das tropas até que os militantes do Hamas parem os ataques com foguetes a cidades israelenses perto da fronteira.

"Se houver o risco de que o Hamas deliberadamente torpedeie o cessar-fogo, e nós tivermos que reiniciar as ações ofensivas contra o Hamas, então temos de ser reticentes sobre tirar nossas tropas", disse o porta-voz do premiê, Mark Regev. "Se o cessar-fogo durar, então poderemos pensar em sair."

Durante a reunião semanal de governo neste domingo, Olmert também disse que a calma é "frágil" e deve ser reavaliada constantemente.

Cessa-fogo israelense rompido Israel havia anunciado, no sábado (17), um cessar-fogo unilateral em seus ataques aos palestinos. O Hamas disse que não iria respeitar a trégua.

Cerca de seis horas depois da entrada da trégua em vigor (às 2h locais de domingo, 22h de sábado de Brasília), tropas israelenses e militantes do Hamas voltaram a se enfrentar no norte do território.

O confronto já matou pelo menos 1.132 e deixou mais de 5.100 feridos no território palestino, segundos fontes médicas locais. Do lado de Israel, ao menos 14 pessoas morreram.

Cúpula

Olmert agradeceu a ajuda do presidente do Egito, Hosni Mubarak, ao organizar uma reunião de cúpula, neste domingo (18), que deve analisar a situação no território.

O Egito vai reunir dirigentes internacionais para discutir o conflito. Em discurso transmitido pela televisão pública, o presidente egípcio Hosni Mubarak pediu a Israel que ponha fim "imediatamente" e "sem condições" a seu ataque e que retire todas as suas forças do território palestino.

O presidente francês Nicolas Sarkozy vai co-presidir a cúpula junto com o presidente egípcio. "Sarkozy se reuniu, neste sábado, com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, que o convidou a co-presidir, no âmbito da iniciativa franco-egípcia, a cúpula internacional que acontecerá no domingo, 18 de janeiro, em Sharm el-Sheikh, e à qual assistirão, entre outros, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown", de acordo com nota oficial da França.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também deverá estar presente, a convite de Mubarak. Em sua visita ao Líbano, Ban afirmou seu interesse em participar na cúpula internacional prevista para este domingo.

A Alemanha já confirmou a realização da cúpula e a presença da chanceler Angela Merkel, assim como o presidente do governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, e o rei da Jordânia, Abdullah II.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, disse no Cairo que o cessar-fogo declarado unilateralmente por Israel é insuficiente.

Em declarações feitas após uma reunião com o presidente do Egito, Hosni Mubarak, e reproduzidas pela agência "Mena", Abbas exigiu "a retirada total da Faixa de Gaza, a suspensão do bloqueio (imposto em junho de 2007) e a abertura das passagens fronteiriças à ajuda para o povo palestino".

Apesar das críticas, Abbas classificou a trégua anunciada pelo primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, como um "feito importante e necessário". Abbas também disse que a recente conversa com Mubarak focou o alcance de uma trégua durável.

A reunião de Mubarak com o presidente da ANP terminou a poucas horas da cúpula mundial.

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