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O movimento islamita Hamas, que governa em Gaza, incentivou nesta segunda-feira (9) que seus homens formem grupos de trabalho para o sequestro de soldados israelenses com o objetivo de trocá-los por presos palestinos.

Durante entrevista coletiva, Ahmed Bahar, um dos dirigentes do movimento e vice-presidente do Parlamento palestino, disse que todas as facções foram convidadas a formar "comitês de resistência".

O dirigente islamita lançou uma campanha de atividades para expressar a solidariedade com os palestinos em prisões israelenses e indicou que o objetivo destes comitês será o planejamento do sequestro de soldados "para obrigar à Ocupação (Israel) a libertar nossos prisioneiros".

Israel tem em suas prisões cerca de 5 mil palestinos e árabes de várias nacionalidades que cumprem pena por todo tipo de delitos, desde os mais graves de espionagem e terrorismo, aos mais leves de lançamento de pedras ou desordens.

Várias centenas - 309 em janeiro, segundo o último dado da ong israelense de direitos humanos B'Tselem - permanecem sob detenção administrativa, ou seja, sem julgamento e sem conhecer os delitos dos quais são acusados.

No último trimestre do ano passado o Hamas obteve a libertação de 1.027 presos palestinos em uma troca com Israel pelo soldado Gilad Shalit, que estava preso em Gaza desde 2006.

Shalit foi capturado por três milícias palestinas, entre elas a do Hamas, em um ataque além da fronteira no qual morreram outros dois soldados.

Bahar também pediu aos serviços de segurança da Autoridade Nacional Palestina (ANP), que governa na Cisjordânia, que deixem de devolver soldados e colonos israelenses que entram em seu território por engano, para que sejam usados como moeda de troca.

O lançamento da campanha de solidariedade coincide com o Dia do Prisioneiro palestino, em 17 de abril.

A questão dos presos é uma dos mais sensíveis nas sociedades palestina e israelense, já que para a primeira eles são lutadores da liberdade e para a segunda, terroristas.

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