O Hamas apontou neste domingo Israel como "plenamente responsável" pelo fracasso das negociações do Cairo para um cessar-fogo, pouco depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a operação Limite protetor "continuará até conseguir seu objetivo".
O porta-voz do movimento islamita, Sami Abu Zuhri, disse, em mensagem enviada à imprensa, que a afirmação de Netanyahu perante o Conselho israelense de Ministros "o faz plenamente responsável pelo fracasso das conversas" e "responsável pelas consequências que tenha".
"Netanyahu fracassou nesta batalha e o perdedor não tem possibilidade de ditar ou impor nenhuma pré-condição. Nosso povo não cederá perante a estupidez israelense", acrescentou.
Horas antes, o dirigente israelense tinha assegurado a seus ministros que "não negociará sob fogo", ao rejeitar as queixas de que a delegação israelense possa retornar ao Cairo enquanto as milícias de Gaza seguem disparando foguetes.
Cessar-fogo fora de vista
Na sexta-feira, pouco antes de concluir um cessar-fogo humanitário de 72 horas, Israel retirou sua delegação, apesar dos contatos do Egito com a delegação palestina continuarem até hoje na capital egípcia.
"A operação Limite protetor continua. Não declaramos seu final em nenhum momento e continuará até conseguir seu objetivo", sentenciou Netanyahu.
Desde o Cairo, o dirigente do movimento Fatah Azzam al Ahmad, que lidera a delegação de facções palestinas, advertiu hoje que esta abandonará o Egito caso os israelenses não retornem às negociações.
-
Caminho do impeachment? 5 semelhanças e diferenças entre as brigas de Lula x Lira e Dilma x Cunha
-
Direita é maior que esquerda no Brasil, mas precisa se livrar do clientelismo
-
A crucial ajuda americana para a Ucrânia
-
Na Embrapa sindicalizada do governo Lula, agronegócio vira tabu e meritocracia perde espaço
Deixe sua opinião