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Ramala – Pela primeira vez desde a trégua de março de 2005, o braço armado do Movimento Islâmico Hamas anunciou o lançamento de foguetes contra solo israelense. Segundo um porta-voz, este seria "apenas o começo". Entre a noite de sexta-feira e a manhã de ontem, foram disparados sete foguetes de Gaza. No entanto, nenhum deles provocou danos ou feridos. Um oitavo foguete caiu ontem nas imediações de Sderot, mas também não causou qualquer dano.

Os disparos foram uma resposta à morte de sete civis palestinos na sexta-feira em uma praia no norte da faixa de Gaza, em um ataque das forças israelenses. O Hamas considerou o massacre uma ação direta, que obriga a "retomar a luta". A violência elevou a revolta da população ontem, quando mais de 10 mil pessoas participaram, em Rafah, do funeral de Jamal Abu Samhadana, chefe de uma força de segurança do Hamas na Faixa de Gaza morto na sexta por Israel.

O chefe de negociações palestino, Saeb Erekat, disse ontem que o bombardeio israelense em Gaza não foi "um ato de auto-defesa, mas uma prática da ocupação e da tirania de sua autoridade, que comete crimes contra o povo palestino". Ele declarou que o presidente Mahmoud Abbas pediu a líderes árabes e europeus que interviessem para cessar a violência israelense. O aumento da violência coincide com as tensões internas na Autoridade Nacional Palestina (ANP) e com o anúncio que o presidente Abbas fez ontem a tarde sobre a convocação para 26 de julho de um referendo a respeito do denominado "Documento dos Prisioneiros", que defende a criação de um futuro Estado palestino na Cisjordânia, em Gaza e em Jerusalém Oriental. Erekat condenou também as declarações feitas pelo porta-voz do Departamento de Estado americano, Sean McCormack, que defendeu os ataques lançados por Israel em Gaza.

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