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Ramallah – O governo palestino liderado pelo grupo militante Hamas estuda uma forma de amenizar sua posição em relação a Israel para reduzir seu isolamento internacional, mas para isso terá de contar com concessões do Estado judaico e de outros países, afirmaram integrantes do Hamas ontem.

Segundo eles, estão sendo discutidas questões como a iniciativa árabe de paz de 2002, resoluções da ONU sobre o conflito israelo-plestino e a agenda internacional da Organização pela Libertação da Palestina. Todas incluem o reconhecimento de Israel.

Um especialista afirmou que a amenização da posição do Hamas não representará uma mudança em sua ideologia, que prega a destruição de Israel, mas pode ser uma forma de trazer de volta a ajuda internacional à Autoridade Palestina (AP) e de se aproximar do presidente Mahmoud Abbas.

O vice-premier Naser al-Shaer, líder influente do Hamas e próximo ao premier Ismail Haniyeh, disse que várias idéias estão sendo analisadas. "Nenhuma decisão foi tomada ainda", disse ele. "Está bem claro que o mundo quer um determinado preço político ou uma determinada posição deste governo. Qual é essa posição, e até que ponto ela pode ser alcançada?"

O ministro de Questões Religiosas, Nayef al-Rajoub, acrescentou: "Estamos estudando e analisando todos os tipos de propostas, incluindo a iniciativa árabe de paz... mas isso não significa que já tenhamos aceito alguma coisa".

Os países árabes vêm pressionando o governo palestino a aceitar sua iniciativa de paz, que oferece a paz à Israel em troca das terras capturadas em 1967. Até agora, o Hamas havia rejeitado as exigências feitas pelo Ocidente para que reconheça o Estado de Israel e se desarme.

O presidente da AP, Mahmoud Abbas, chegou ontem a Paris em uma viagem para tentar convencer a União Européia (UE) a retomar sua ajuda financeira, suspensa por causa da chegada do Hamas à frente do governo. Abbas, que jantaria com o líder da Câmara dos Deputados, Jean-Louis Debré, se reúnirá hoje com o chefe de Estado francês, Jacques Chirac, no Palácio do Eliseu.

Chirac já disse que é "injusto e politicamente trôpego" fazer que o povo palestino pague pela vitória eleitoral do grupo islâmico Hamas. Ele quer manter a ajuda à AP, mas depende de outros líderes da União Européia.

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