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Helicópteros franceses em uma missão de evacuação foram atingidos por forças leais ao presidente não-reconhecido da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, quando tentavam recuperar o poder em Abidjã, principal cidade do país, de acordo com informações de uma fonte militar. Nenhum soldado francês ficou ferido no ataque, que ocorreu na noite de sexta-feira (8), mas as forças francesas revidaram e destruíram um veículo blindado, informou o comandante Frederic Daguillon. A missão para evacuar diplomatas da embaixada foi suspensa, afirmou o militar.

O ataque ocorreu na mesma noite em que a embaixada francesa foi atingida por dois mortais e por um foguete disparado por forças de Gbagbo, que recusa-se a entregar o poder e sair de um bunker construído no palácio presidencial.

O diretor das forças de paz da ONU, Alain Le Roy, disse, na sexta-feira, que Gbagbo e seus militares usaram as negociações realizadas dentro da ONU nesta semana como um estratagema para tentarem se consolidar no poder e reforçarem a sua posição. Ele disse que a proposta de três generais para a rendição de Gbagbo era, evidentemente, um truque "para ganhar tempo".

Notícias de que Gbagbo e suas forças leais negociavam uma rendição geraram expectativas na quinta-feira de que o conflito de quatro meses no país africano poderia estar perto de um fim. Mas Gbagbo, posteriormente, negou de maneira veemente que se entregaria e insistiu que a Presidência era sua por direito.

No poder há uma década, Gbagbo recusa-se a sair do cargo, mesmo após a ONU determinar que ele perdeu a eleição de novembro para seu rival político Alassane Ouattara. Após quatro meses de tentativas diplomáticas, Ouattara deu o aval para uma intervenção militar com o apoio de um grupo rebelde. Forças leais a Ouattara estiveram perto de matar o líder de facto da Costa do Marfim, mas recuaram, avaliando que esse desfecho poderia despertar a ira de seus defensores. Cerca de 46% dos marfinenses votam em Gbagbo. Ouattara disse que o objetivo é esperar até que Gbagbo fique totalmente sem comida e água.

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