Apesar da proibição dos governantes pró-Rússia, milhares de tártaros da península da Crimeia foram às ruas neste domingo (18) para relembrar o aniversário de 70 anos da deportação de 200.000 pessoas sob ordens do líder soviético Josef Stalin. Quase metade da população morreu e sobreviventes só foram autorizados a retornar no final dos anos 1980.
Os tártaros muçulmanos estão entre os oponentes mais veementes à anexação da Crimeia à Rússia e consideraram "desumana" a proibição temporária de manifestações em massa, emitida na sexta-feira (16), pouco antes da data simbólica na história do grupo.
Na Crimeia, foram realizados dois comícios, primeiro em Bakchisaray e, depois, nos arredores da capital Simferopol. Portando bandeiras amarelas e azuis, cerca de 10.000 tártaros se reuniram em frente à uma mesquita na periferia da capital, enquanto helicópteros militares sobrevoavam o local, impedindo que os discursos fossem ouvidos pela população.
Em uma reunião, tártaros decidiram reivindicar autonomia dentro da Rússia e leis que garantam sua representação no governo da Crimeia (o grupo corresponde a 12% da população da península).
O presidente russo Vladimir Putin se reuniu com autoridades tártaras dizendo que está pronto para ajudá-los, mas que se recusa a permitir que a população seja "moeda de troca em disputas entre a Rússia e a Ucrânia".
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Deixe sua opinião