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Beirute (EFE) – Milicianos do grupo xiita libanês Hezbollah e soldados israelenses se enfrentaram de forma intensa ontem no sul do Líbano, no segundo confronto na região nos últimos dois dias. Como já tinha acontecido na última segunda-feira, os dois lados se acusaram mutuamente de iniciar o enfrentamento de ontem, igualmente confuso.

Segundo fontes do grupo xiita, unidades do Exército israelense tentaram penetrar na região de Maizal Jabal, perto da fronteira entre os dois países, e foram repelidos por guerrilheiros da Resistência Islâmica, braço armado do Hezbollah. No entanto, fontes militares de Israel disseram que seus soldados abriram fogo para proteger a retirada de um civil israelense que havia sido empurrado para o território libanês por uma corrente de vento enquanto ele fazia um vôo de asa-delta.

O incidente revela o grau de tensão que existe na fronteira libanesa-israelense, multiplicado após o duro combate armado da segunda-feira, o mais grave desde que o Exército de Israel abandonou o sul do Líbano, há cinco anos, após 22 anos de ocupação.

Pelo menos 4 membros da Resistência Islâmica morreram e 11 israelenses – entre civis e militares – ficaram feridos no combate, que durou mais de três horas. O Hezbollah lançou centenas de projéteis contra posições israelenses, e caças-bombardeiros israelenses bombardearam diversos redutos da resistência.

O porta-voz da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul), Milos Strugger, disse que estão sendo feitos contatos com israelenses e libaneses para devolver a calma à região.

Ontem, a aviação israelense distribuiu milhares de panfletos sobre o sul do Líbano advertindo à população sobre as possíveis represálias caso haja novos ataques do Hezbollah. "O Hezbollah é a causa do enorme dano sofrido pelo Líbano", dizia parte dos panfletos.

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