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A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, elogiou na terça-feira as mulheres sauditas "corajosas" que protestam pelo direito de dirigir. Ela, no entanto, evitou fazer uma crítica explícita ao país aliado dos Estados Unidos, dizendo que os próprios sauditas deveriam determinar os avanços.

A proibição saudita tem sido contestada publicamente nas últimas semanas por mulheres que podem ser presas caso dirijam. Hillary Clinton, defensora dos direitos das mulheres, foi pressionada a tomar uma posição.

"O que essas mulheres estão fazendo é corajoso e o que elas buscam é correto, mas o esforço é delas. Fico comovida com isso e eu as apoio", afirmou Hillary em seus primeiros comentários públicos sobre o assunto.

A declaração cuidadosa de Hillary pareceu ser uma tentativa de equilibrar suas crenças arraigadas com a necessidade de manter uma boa relação com o governo saudita numa era de grandes mudanças políticas no Oriente Médio e de preocupação com o suprimento de petróleo.

Estados Unidos e Arábia Saudita observaram um estremecimento nas relações nos últimos meses, com a erupção dos protestos populares em uma série de países árabes, incluindo o Barein, onde as forças de segurança sauditas foram convocadas a restaurar a ordem.

Antes das declarações da secretária, o Departamento de Estado havia dito que Hillary Clinton estava envolvida numa "diplomacia silenciosa" sobre a proibição de dirigir imposta às mulheres -- o que fez um grupo de sauditas pedir por uma posição mais firme norte-americana.

"Secretária Clinton: a diplomacia silenciosa não é do que precisamos agora. Precisamos que você, pessoalmente, faça uma declaração forte, simples e pública apoiando nosso direito de dirigir", disse o grupo Mulheres Sauditas pela Direção numa declaração enviada por email a jornalistas.

Foi o que Hillary fez na terça-feira, embora tenha repetido a advertência que a questão é um assunto interno a ser resolvido pela Arábia Saudita.

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