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Secretária de Estado dos EUA faz visita ao Brasil nesta quarta-feira. Em coletiva, ela disse que discutiu proliferação de armas com Amorim | AFP
Secretária de Estado dos EUA faz visita ao Brasil nesta quarta-feira. Em coletiva, ela disse que discutiu proliferação de armas com Amorim| Foto: AFP

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou nesta quarta-feira que acredita que o Irã só vai negociar com a comunidade internacional depois de receber sanções por seu programa nuclear.

"O momento para a ação internacional é agora. Só depois de aprovarmos sanções no Conselho de Segurança (da ONU) o Irã vai negociar de boa-fé", afirmou a secretária em entrevista à imprensa no Brasil.

Hillary Clinton, disse em entrevista no Itamaraty, que conversou sobre o Irã com o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim. A secretária afirmou que os Estados Unidos e o Brasil estão de acordo que é preciso evitar que o Irã desenvolva armas nucleares. "Melhoramos cada vez que ajudamos os outros a melhorar. Debatemos (no encontro com Amorim) o valor central da não proliferação e o nosso comprometimento comum de fazer com que o Irã não tenha armas nucleares", disse a secretária de Estado.

Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também falou sobre a questão "Eu já disse publicamente que o que eu quero para o Irã é o mesmo que quero para o Brasil. Utilizar o desenvolvimento da energia nuclear para fins pacíficos. Se o Irã tiver concordância com isso o Irã terá o apoio do Brasil. Se o Irã quiser ir além disso, o Irã irá contra aquilo que está previsto na Constituição brasileira e não podemos concordar", disse Lula.

Os Estados Unidos têm demonstrado preocupação com o desenvolvimento do programa nuclear daquele país. O Brasil, por sua vez, defende o diálogo, e Lula deve visitar o Irã em maio.

Questionado sobre o motivo pelo qual o Brasil estaria se recusando a pressionar o Irã com sanções, como defende os EUA, Amorim defendeu a posição brasileira. "Cada país tem que pensar com a sua própria cabeça. Nós pensamos com a própria cabeça. Nós queremos um mundo sem armas nucleares e certamente onde não exista proliferação. A questão é de saber qual é o melhor caminho para chegar lá", afirmou Amorim.

Congresso

Ainda nesta quarta, Hillary visitou o Congresso Nacional onde teve um breve encontro com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).

Durante visita aos presidentes do Senado e da Câmara, Hillary também teria abordado a questão do Irã, segundo parlamentares presentes à reunião. Segundo o deputado Maurício Rands (PT-PE), Hillary disse esperar que o Brasil atue para evitar o desenvolvimento de armas nucleares pelo país de Mahmoud Ahmadinejad. "Ela espera que o Brasil contribua na questão do Irã pela relação que o Brasil desenvolveu com esse país e que possa ajudar a mudar o curso de ação que eles estão seguindo".

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), também mencionou o mesmo tema. "Ela pediu que o Brasil colabore na política de não proliferação de armas nucleares e eu tive a oportunidade de dizer que o Brasil é signatário deste tratado".

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