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A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse neste sábado (22) que os Estados Unidos e a China devem evitar uma "rivalidade soma-zero" e buscar um maior entendimento mútuo. "Se nossas relações são definidas por soluções ganha-ganha ao invés da rivalidade soma-zero, vamos prosperar", afirmou ela, durante um jantar no pavilhão dos EUA na Expo Xangai. "Podemos não concordar sempre sobre todas as questões, mas devemos buscar oportunidades para um maior entendimento."

No domingo (23), Hillary irá para Pequim onde participará do anual Diálogo Estratégico e Econômico EUA-China na próxima semana. Este deveria ser o principal evento da viagem da secretária na região, mas a divulgação na quinta-feira de um relatório responsabilizando Pyongyang pelo afundamento de um navio sul-coreano colocou o foco para a obtenção do apoio da China a uma ação do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a Coreia do Norte.

Assessores norte-americanos disseram que Hillary vai pressionar os líderes chineses a "reconhecerem a realidade" do que aconteceu e apoiar medidas para convencer o governo norte-coreano a mudar seu comportamento.

Ontem, em Tóquio, no Japão, Hillary disse que as evidências de que a Coreia do Norte estava por trás do afundamento do navio sul-coreano eram "esmagadoras" e que o país comunista deve enfrentar as consequências internacionais. "Não podemos permitir que este ataque contra a Coreia do Sul fique sem resposta pela comunidade internacional", disse. A Coreia do Norte nega que seja responsável e ameaça retaliar qualquer tentativa de punição com uma "guerra total".

Aliada

A China, principal aliada e provedora financeira da Coreia do Norte, tem mantido uma posição neutra sobre as conclusões do relatório que apontam Pyongyang como responsável por ter disparado um torpedo que afundou o navio sul-coreano em março, matando 46 marinheiros.

Hoje, o comando da Comissão de Armistício Militar das Nações Unidas, que supervisiona o acordo de trégua da Guerra das Coreias de 1953, disse que vai rever o relatório e determinar a extensão da violação da trégua pela Coreia do Norte.

As autoridades chineses têm feito apelos de calma, classificando o afundamento como "infeliz". Os chineses têm reiterado sua velha posição da necessidade de se manter a paz na península. Como membro permanente com direito a veto no Conselho de Segurança da ONU, é imprescindível o apoio da China a qualquer ação do órgão contra os norte-coreanos.

"Impressões positivas"

Hillary não comentou hoje a questão coreana, preferindo ressaltar sua esperança de que o pavilhão dos EUA na Expo Xangai possa promover maior entendimento e boa vontade entre Washington e Pequim. Ela disse que levaria "impressões muito positivas" sobre as relações EUA-China de Xangai para as negociações em Pequim. Com informações da Dow Jones.

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