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sob pressão

Hillary pode ser investigada por usar e-mail pessoal

Principal nome do partido Democrata para as eleições de 2016 nos EUA enviou informações sigilosas de conta pessoal quando estava no governo

Hillary Clinton antes de discurso ontem em Nova York, quando divulgou plano para aumentar taxas | Justin Lane / EFE
Hillary Clinton antes de discurso ontem em Nova York, quando divulgou plano para aumentar taxas (Foto: Justin Lane / EFE)

Dois inspetores-gerais americanos pediram ao Departamento de Justiça do país que abra uma investigação criminal sobre o envio de informações confidenciais pelo e-mail pessoal da ex-secretária de Estado Hillary Clinton, principal candidata do partido Democrata à Presidência nas eleições do ano que vem.

O pedido aumenta a polêmica a respeito do uso da conta pessoal, que viola os protocolos da administração pública americanos. O escândalo, revelado em março, abalou a campanha de Hillary à Casa Branca.

A informação sobre o pedido de investigação foi revelada ontem pelo jornal “The New York Times”. Segundo a publicação, o pedido foi feito após os inspetores-gerais enviarem dois memorandos ao Departamento de Estado e aos serviços de inteligência.

No primeiro memorando, datado de 29 de junho, os inspetores-gerais afirmam que a conta de e-mail particular de Hillary Clinton contém “centenas de informações potencialmente confidenciais”.

O destinatário das mensagens era o secretário-adjunto do Departamento de Estado para gestão, Patrick Kennedy. O memorando foi enviado um dia antes de serem reveladas 3 mil das 55 mil páginas de e-mails encontradas na conta.

As mensagens de Hillary divulgadas foram revisadas pelo órgão e algumas delas foram consideradas confidenciais de forma retroativa. Como prova da vista, há diversas partes tachadas nas 3 mil páginas reveladas.

No último dia 17, os inspetores enviaram outro memorando dizendo que pelo menos um dos e-mails divulgados pelo Departamento de Estado trazia informação confidencial. O conteúdo não foi divulgado.

Segundo membros do governo, o Departamento de Justiça ainda não decidiu se abrirá uma investigação contra a ex-secretária. Procurados pelo jornal, os membros da campanha de Hillary Clinton não comentaram sobre o caso.

Críticas

No segundo memorando, os inspetores-gerais fizeram críticas à forma como o Departamento de Estado trata informações e aos agentes responsáveis por determinar a confidencialidade dos documentos.

Em março, Hillary disse que nunca enviou informações confidenciais por seu e-mail pessoal. “Não há informação confidencial no meu e-mail pessoal. Também certamente estou bem ciente dos requerimentos de confidencialidade e não mandei nada confidencial”, garantiu ela.

Dois meses depois, o FBI pediu que o Departamento de Estado tornasse confidenciais os e-mails de Hillary sobre os presos nos ataques ao consulado americano em Benghazi, na Líbia, em 2012, que resultaram na morte do embaixador Christopher Stevens. Nesta semana, o Departamento de Estado foi criticado pela imprensa e por parlamentares por demorar ou recusar solicitações de informação. O órgão disse que não tem estrutura para atender à demanda.

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