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O governo da Holanda pediu na quarta-feira que a Alemanha prenda um nazista holandês de 89 anos que escapou em 1952 de uma prisão holandesa, onde cumpria prisão perpétua por matar prisioneiros judeus num campo de trânsito nazista.

A Holanda já tentou extraditar o ex-soldado Klaas Carel Faber usando um mandado de prisão europeu -- mecanismo de extradição válido na União Europeia --, mas um tribunal de Munique negou o pedido alegando que Faber agora é cidadão alemão.

O ministro da Justiça holandês, Ivo Opstelten, escreveu ao seu colega alemão na quarta-feira dizendo que, sob as leis europeias, a Alemanha deveria impor a prisão perpétua que Faber cumpria na Holanda.

"O promotor de Munique informou ao Ministério de Justiça holandês que pode requerer o cumprimento da sentença a ser transferida. Opstelten considerou isso um sinal de disposição de implementar a sentença na Alemanha", disse o governo holandês em um comunicado.

Faber foi condenado à morte em 1947 pelo assassinato de ao menos 11 pessoas no campo de Westerbork, na Holanda, um ponto de passagem de judeus holandeses a caminho dos campos de concentração na Alemanha, na Polônia e na Ucrânia.

O irmão dele, que também foi membro da SS holandesa (organização ligada ao partido nazista), foi morto a tiros por um pelotão de fuzilamento depois da guerra, mas a pena de Faber foi mudada para a prisão perpétua. Ele fugiu da prisão e foi para a Alemanha em 1952.

Os esforços holandeses de extraditar Faber foram frustrados pela lei alemã que impede a extradição de cidadãos alemães por crimes de guerra, embora a Alemanha tenha condenado outro nazista holandês, Heinrich Broere, à prisão perpétua em março do ano passado.

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