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Um homem-bomba palestino feriu cerca de 50 pessoas num terminal rodoviário na manhã deste domingo, em Israel. Foi o primeiro ataque deste tipo desde a retirada dos colonos israelenses da Faixa de Gaza. Dois guardas israelenses, que abordaram o suicida, encontram-se em estado crítico.

O ataque ocorre um dia depois de o Hamas ter divulgado uma mensagem em vídeo de seu líder foragido, Mohammed Deif, no qual ele fiz que Israel saiu humilhado da Faixa de Gaza e que o grupo não vai abandonar a resistência armada. Nenhuma organização palestina reivindicou a autoria do atentado, na cidade de Beersheba, mas as principais suspeitas recaem sobre o Hamas.

Há três dias, tropas israelenses mataram cinco palestinos num campo de refugiados em Tulkarem, na Cisjordânia, numa operação contra o grupo Jihad Islâmica, que jurou vingança.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, descreveu o ataque deste domingo como uma "um ataque terrorista". O primeiro-ministro palestino, Ahmed Qorei, também condenou o ataque.

- Consideramos esta agressão um ataque terrorista e o condenamos, tanto se dirigido contra israelenses como palestinos. Exortamos as facções a respeitar a calma, porque esse tipo de ato apenas prejudica o processo de paz.

No sábado, o presidente dos EUA, George W. Bush, usou seu programa semanal de rádio para pressionar os líderes palestinos a desarmar as organizações radicais islâmicas, agora que Israel deixou a Faixa de Gaza.

A polícia disse que o homem-bomba tentou embarcar no ônibus, por volta das 8h30m, no primeiro dia útil da semana em Israel. O motorista suspeitou dele - o palestino levava uma mochila grande e uma sacola plástica na mão - e chamou os seguranças.

- Esses dois guardas preveniram que o ataque fosse muito pior - disse Uri Barlev, chefe de polícia para o Sul de Israel, à Rádio do Exército.

Foi o primeiro ataque suicida em Israel em mais de um mês. O último havia sido em 12 de julho, quando um homem-bomba palestino matou cinco pessoas num shopping center na cidade costeira de Netanya.

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