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Um morador da área metropolitana de Johanesburgo encontrou nesta quarta-feira (16), em um local descampado, os corpos de duas crianças de 1 e 2 anos de idade, apenas um dia depois que foram achados os corpos de outras duas meninas.

Os dois corpos apareceram no antigo gueto negro de Katlehong, na zona de East Rand, ao leste da capital econômica da África do Sul, junto com a mãe, que foi levada para um hospital.

"Suspeitamos que eles morreram envenenados", declarou à emissora de rádio pública SAFAM o porta-voz da polícia, Lungelo Dlamini, que afirmou que as autópsias esclarecerão o ocorrido.

Segundo relatou a mãe à polícia, seu marido abandonou os três ontem no local quando se dirigiam juntos à cidade de Witbank, situada cerca de 140 quilômetros ao leste de Johanesburgo.

O homem os deixou junto com uma garrafa de um refresco, que foi bebido pela mulher e as vítimas na noite de terça-feira.

A polícia espera que a mulher -que também foi envenenada- se restabeleça para dar mais detalhes dos fatos.

Segundo fontes policiais, os quatro têm nacionalidade moçambicana.

Enquanto isso, a polícia interrogou hoje quatro homens pela relação com o assassinato de duas meninas de 2 e 3 anos encontradas ontem sem vida no subúrbio de Diepsloot, no norte de Johanesburgo.

Os agentes buscam uma quinta pessoa que seria a principal suspeita, informou a imprensa local.

Os investigadores acham que as menores sofreram abusos sexuais e foram estranguladas, e tratam de averiguar se existe conexão com o assassinato em setembro na mesma zona de outra menina de 5 anos, quem também poderia ter sido violentada e estrangulada.

O ministro da polícia, Nathi Mthetwa, condenou hoje o duplo assassinato de Diepsloot, como já fez ontem o presidente da África do Sul, Jacob Zuma.

Centenas de pessoas incendiaram ontem pneus e atacaram com pedras a polícia em Diepsloot, à qual acusam de não fazer nada para combater a alta criminalidade do bairro, informaram à Agência EFE testemunhas dos distúrbios.

A África do Sul é um dos países do mundo com maiores taxas de mortes violentas e abusos sexuais, que afetam especialmente a zonas urbanas deprimidas como o próprio Diepsloot ou Katlehong, onde vivem em barracos e outras construções precárias dezenas de milhares de pessoas.

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