
Um homem invadiu ontem o Palácio de Justiça de Milão, no norte da Itália, e matou três pessoas a tiros. Claudio Giardiello, de 57 anos, empresário do ramo a da construção, é réu em um processo de suposta falência fraudulenta. Ele matou o juiz do caso, Fernando Ciampi; o advogado Lorenzo Alberto Claris Appiani; e outro acusado, Giorgio Herba, que morreu na sala de cirurgia. Uma quarta pessoa teria morrido após sofrer um infarto no local, mas a informação não foi confirmada pelas autoridades. Outras pessoas ficaram feridas, mas a polícia não deu maiores detalhes.
O ataque ocorreu às 11 horas em Milão (6 horas em Brasília) e o prédio chegou a ser esvaziado, pois os policiais acreditavam que o autor dos disparos ainda estava no local. Giardiello fugiu de moto, segundo os policiais, e foi preso uma hora e meia depois no município de Vimercate, perto de Milão.
Falha na segurança
O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, admitiu que houve “erros” de segurança no tribunal, que permitiram que uma pessoa entrasse com uma arma no prédio. “É preciso verificar quem foi o responsável, quem permitiu que fosse possível introduzir uma arma no tribunal”, afirmou o chefe do governo na primeira reação oficial sobre o fato.
Renzi afirmou em entrevista coletiva que as circunstâncias do crime são “impensáveis”. Ele disse que agora é o “momento das condolências”, mas que é preciso esclarecer “como foi possível” que o assassino disparasse dentro do Palácio de Justiça.



