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Trabalhadores pedem melhor distribuição das riquezas

Buenos Aires – Milhares de manifestantes protestaram ontem nas ruas do centro de Buenos Aires para pedir uma melhor distribuição das riquezas. A dois meses das eleições presidenciais, a Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA), que convocou o protesto, pediu a abertura de "negociação para conversar sobre a distribuição da renda, o problema da pobreza e a desocupação na Argentina", explicou o líder social Luis d’Elia.

Os manifestantes também foram até o Ministério do Trabalho para exigir o estatuto de personalidade jurídica para seu sindicato. Somente a peronista e pró-governamental Confederação Geral do Trabalho (CGT) tem este estatuto na Argentina.

Integrada em maioria por professores e funcionários estatais, a CTA nasceu na década de 90 em oposição ao política neoliberal do então presidente Carlos Menem (1989-1999), e pede desde então a personalidade jurídica.

Buenos Aires – Após três semanas de mistério, o empresário venezuelano Guido Alejandro Antonini Wilson, portador da mala com US$ 790 mil retida pela Polícia Federal argentina no início do mês, foi encontrado pelas autoridades americanas no luxuoso condomínio onde mora, em Miami. Segundo afirmaram fontes do Judiciário argentino, agentes do FBI informaram pessoalmente ao empresário sobre o pedido de captura internacional enviado pela juíza argentina Marta Novatti, o que impede sua saída dos EUA sem autorização judicial prévia.

O passo seguinte será o envio de um pedido de extradição, que ainda deverá ser elaborado pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina. A juíza Novatti quer interrogar Wilson, que chegou a Buenos Aires num avião fretado pela estatal argentina Enarsa, junto com funcionários argentinos e da Petróleos da Venezuela (PDVSA), às vésperas da visita do presidente Hugo Chávez ao país. Ao desembarcar no aeroporto de Buenos Aires, o empresário foi detido pela Polícia Federal, por entrar no país sem declarar o dinheiro. Três dias depois, Wilson partiu rumo a Montevidéu, deixando a mala em poder da PF.

Segundo versões publicadas pela imprensa, enquanto esperava que os policiais contassem o dinheiro, o empresário teria se negado a dar qualquer informação. "Sou um soldado, não direi de onde vem (o dinheiro) nem para onde vai", teria afirmado. A grande incógnita é, justamente, saber a quem pertence o dinheiro e o que o empresário pretendia fazer com ele.

O episódio gerou uma tensão entre os governos da Argentina e da Venezuela e a demissão de um funcionário de cada lado.

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