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ÂNCARA, Turquia - Mehmet Ali Agca, o homen que atirou e feriu gravemente o papa João Paulo II em 1981, será libertado da prisão neste mês, informou a agência estatal de notícias da Turquia, a Anatolian.

Agca ficou preso na Itália por 19 anos na Itália pela tentativa de assassinato do papa antes de ser perdoado pelo pontífice em 2000. Ele foi então extraditado para a Turquia para cumprir pena por outra sentença da Justiça turca, relativa a roubo e ao assassinato de um jornalista em 1979.

Agca deve ser solto entre 10 e 15 de janeiro e poderá ter de prestar o serviço militar obrigatório, como os demais turcos. Em um curto comunicado, o Vaticano informou que que só soube da informação por meio da imprensa e que o fato era "de natureza judicial". Portanto, deixaria a decisão nas "mãos dos tribunais envolvidos".

Durante anos, Agca deu versões conflitantes para os motivos que o levaram a tentar matar o papa, incluindo a alegação de uma conspiração com os serviços secretos da Bulgaria e da então União Soviética.

Agca pertenceu a uma facção de militantes de extrema direita na Turquia no fim dos anos 70, quando foi condenado pelo assassinato do editor de um jornal liberal. Ele, então, fugiu da prisão. As autoridades turcas sempre negaram qualquer conexão com o criminoso e atribuíram a ele instabilidade mental.

O papa João Paulo II perdoou o criminoso dois anos depois do atentado. No ano passado, quando o pontífice morreu, as autoridades turcas negaram o pedido de Agca de comparecer ao funeral.

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