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Um grupo armado com facas matou 28 pessoas e feriu outras 113 durante ataque na estação de trem da cidade chinesa de Kunming (sudoeste), informou a agência de notícias estatal Xinhua.

Cinco suspeitos foram mortos e alguns foram presos, mas a identidade deles não foi revelada. O governo chinês afirmou que se trata de "um violento ataque terrorista premeditado".

O atentado ocorreu por volta das 21h locais de ontem (10h de hoje, no horário de Brasília). Um repórter da Xinhua que estava na estação relatou que alguns suspeitos foram "controlados" e foram interrogados no próprio local do ataque.

"Vi uma pessoa vindo na minha direção com uma faca comprida e fugi com todo mundo", disse o passageiro Yang Haifei, que comprava bilhetes na hora do ataque.

Parada na entrada da estação em busca de notícias, Yang Ziqing disse que esperava um trem para Xangai quando houve o ataque."Dois amigos do meu marido foram levados para o hospital, mas eu não consigo encontrar o meu marido, ele não atende o telefone", disse, chorando, à Xinhua.

"Não importa qual a motivação dos assassinos, a morte de inocentes é contra a gentileza e a Justiça. A polícia reprimirá o crime de acordo com a lei, sem nenhuma tolerância. Que os mortos possam descansar em paz", diz uma nota do Ministério da Segurança Pública.

A cidade de Kunming tem cerca de 6,3 milhões de habitantes e é a capital da Província de Yunnan.

Localizada na fronteira com Mianmar, Laos e Vietnã, a região abriga a maior diversidade étnica da China. São 25 povos oficialmente reconhecidos pelo governo (de um total de 56). Estudiosos, porém, apontam pouco mais de 400 etnias na China, das quais a metade vive em Yunnan.

Apesar da grande presença de minorias, muitas delas vivendo também em países vizinhos, Yunnan não tem registrado conflitos étnicos, comuns no Tibete e em Xinjiang (de maioria muçulmana).

O caso mais recente ocorreu em Xinjiang, no noroeste da China. No dia 14 de fevereiro, 15 pessoas morreram em um ataque a bomba na cidade de Asku.Entre os tibetanos, aumentou o número de monges que se imolam em protesto contra o domínio chinês.

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