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Honduras conseguiu avanços que permitirão sua reintegração à Organização dos Estados Americanos (OEA), da qual o país foi suspenso em 2009 depois do golpe contra o presidente Manuel Zelaya, disse nesta segunda-feira (26) o secretário-geral da entidade, José Miguel Insulza.

A OEA suspendeu Honduras em julho, argumentando que o país não poderia permanecer nos seus quadros depois do rompimento da ordem democrática, resultante de um golpe cívico-militar contra Zelaya.

"Estamos num processo de progresso, de avanço. Eu pessoalmente gostaria que isso terminasse logo, com a reincorporação de Honduras à OEA em pleno direito", disse Insulza a jornalistas no vizinho El Salvador.

"Honduras está suspensa e tomara que possamos revogar logo essa medida", acrescentou.

Ele disse que o presidente Porfirio Lobo, eleito democraticamente meses depois do golpe, tem demonstrado uma clara vontade de levar adiante o processo de pacificação e reconciliação nacional.

A suspensão da OEA contribuiu com o isolamento internacional de Honduras e com a perda de vitais empréstimos internacionais, que pouco a pouco foram retomados.

Insulza chega no próximo dia 3 a Honduras para a instalação da Comissão da Verdade e Reconciliação, que busca esclarecer os fatos que cercaram a derrubada de Zelaya.

Lobo, empossado em janeiro, conseguiu respaldo dos Estados Unidos e de mais de 50 países, além da retomada da assistência de organismos financeiros internacionais. Mas vários governos latino-americanos de esquerda, como os de Venezuela, Bolívia e Nicarágua, insistem que a eleição dele não foi legítima, por ter sido organizada pelo governo "de facto" que assumiu após o golpe.

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