
O ex-presidente Hosni Mubarak foi declarado clinicamente morto após ser transferido da prisão para o hospital no Cairo, esta terça-feira (19), noticiou a agência oficial MENA. No entanto, fontes médicas e de segurança, ouvidas por agências internacionais, negaram a morte do ex-ditador.
Mubarak, de 84 anos, "está em coma e os médicos tentam reanimá-lo. Respira com a ajuda de aparelhos", afirmou a fonte médica a agência AFP. As mesma informação foi repassada por duas fontes de segurança à Reuters.
"Ele está completamente inconsciente. Está usando respiração artificial", afirmou uma fonte militar à Reuters, depois que a agência de notícias estatal informou que ele estava clinicamente morto.
Outra fonte de segurança deu o mesmo relato: "Ainda é cedo para dizer que ele está clinicamente morto".
A agência oficial Mena havia anunciado anteriormente que o ex-presidente estava "clinicamente morto" após a sua chegada ao hospital militar de Maadi, no subúrbio do Cairo, a alguns quilômetros da prisão de Tora, onde estava detido desde a sua condenação à prisão perpétua há pouco mais de duas semanas.
Mubarak, que estava preso há duas semanas, sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) nesta terça-feira. O ex-ditador estava detido em uma ala médica da prisão, depois de sua condenação à prisão perpétua, no dia 2 de junho, data na qual seu estado de saúde teria começado a declinar. Fontes de segurança indicaram que ele sofre de depressão severa, de dificuldades respiratórias e de hipertensão.
O ex-chefe de Estado foi condenado à prisão perpétua pela repressão à revolta contra seu governo, no início de 2011, que deixou cerca de 850 mortos. O tribunal não o acusou de ter uma responsabilidade direta, mas de não ter tomado as medidas necessárias para impedir essas mortes. Mubarak governou o Egito por 30 anos.
Mubarak e os protestos que derrubaram o ditador



