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As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) afirmaram neste domingo (17) ter avançado nas negociações com o Governo do país e garantiram que estarão presentes ao próximo encontro do grupo Áreas de Reserva Camponesa.

"Houve bastante avanço. É para nós de um moderado otimismo", declarou a jornalistas o porta-voz do grupo guerrilheiro colombiano, Rodrigo Granda (conhecido como Ricardo Téllez), integrante da equipe de negociação nos diálogos pela paz que têm como sede permanente o Palácio de Convenções de Havana.

A mesa de diálogos entre o Governo de Juan Manuel Santos e as Farc desenvolve agora seu sétimo ciclo centrada ainda na questão da terra, o primeiro tema da agenda da negociação e também o mais complexo por estar no gene do conflito armado vivido na Colômbia há quase meio século.

Granda afirmou que o encontro de Áreas de Reserva Camponesa previsto para acontecerem em São Vicente del Caguán em 22 e 23 de março terá a presença do grupo. "Há um convite à mesa, e certamente as Farc de uma ou outra maneira se fará presente, à nossa maneira", afirmou.

"Isso ninguém pode impedir, e de alguma forma estaremos lá presentes, queira o Governo ou não. Não é uma questão de desafio, é simplesmente uma realidade", acrescentou o guerrilheiro.

As Áreas de Reserva Camponesa são regiões autônomas criadas em terrenos baldios, cujos títulos de propriedade são dos que trabalham nelas, e que estão estabelecidas por lei. No entanto, passados 20 anos, apenas seis processos foram iniciados.

Sobre um centro de aprovisiono de drogas atribuído às Farc que foi destruído em uma operação efetuada na última terça-feira pela Brigada Especial contra o Narcotráfico no sudoeste da Colômbia, Granda falou com ironia.

"Isso me leva ao riso. As Farc são uma organização rebelde e essa é nossa essência. Estamos em uma guerra dura demais, estamos em diálogos de paz", destacou.

"Somos uma organização político-militar séria e responsável. É sabido que drogas podem ser encontradas na ARC Gloria (embarcação da Armada da Colômbia), às vezes nos aviões presidenciais. Isso foi notório", finalizou.

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