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O governo da Hungria não apoia que a União Europeia responda com tarifas ao plano tarifário do presidente dos EUA, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (7) o ministro das Relações Exteriores húngaro, Péter Szijjártó.
“A Hungria não quer e não apoia que a UE responda aos EUA com tarifas”, disse o ministro à imprensa húngara em Luxemburgo, à margem do Conselho informal de Comércio da UE, que está sendo realizado hoje naquela cidade.
Szijjártó repetiu suas acusações contra a Comissão Europeia (CE), que, em sua opinião, “cometeu um erro grave ao não propor (ao governo Trump) negociações sobre a questão meses antes”.
“O comportamento de Bruxelas mostra que ela é incapaz de lidar com situações difíceis como as atuais”, enfatizou.
O chefe da diplomacia húngara acrescentou que “o que é necessário é uma garantia estratégica” e não “propostas de vingança”.
O governo húngaro, liderado pelo nacionalista Viktor Orbán, é um aliado próximo de Trump, a quem tem apoiado desde antes de seu primeiro mandato, que começou em 2017.
De acordo com Szijjártó, a questão tarifária com os EUA só geraria preços mais altos na Europa, por isso ele ressaltou que tal situação deve ser evitada para “não causar danos”.
Na última semana, Trump intensificou sua política comercial com o resto do mundo, impondo uma tarifa mínima de 10% sobre todas as importações, aumentando para 20% no caso da UE.