• Carregando...

O governo da Hungria afirmou ontem que não há "prova consistente’’ que embase a versão do governo boliviano de que os três homens mortos em tiroteio com a polícia na quinta-feira passada – entre eles, um húngaro – estivessem envolvidos em um plano para matar autoridades da Bolívia, incluindo o presidente Evo Morales.

"Presumivelmente, é um evento ligado à política doméstica, e alguém estava no lugar errado na hora errada’’, disse o chanceler húngaro, Peter Balazs.

Eduardo Rózsa Flores, nascido na Bolívia, mas de nacionalidades croata e húngara, Arpád Magyarosi, romeno de origem croata, e Michael Dwyer, irlandês, foram mortos, segundo a polícia, durante tiroteio na cidade de Santa Cruz, bastião oposicionista. Mario Tadic, boliviano e croata, e Elod Toasó, húngaro, foram presos.

A polícia boliviana disse ter encontrado armas e explosivos com o grupo e planos para matar Morales, que diz que o objetivo da célula era provocar caos que permitisse a separação do departamento de Santa Cruz. Há na região pequenos grupos que pregam independência do departamento.

O presidente boliviano reclamou da "defesa’’ feita por Hungria, Croácia e Irlanda – o país enviou missão a La Paz – dos supostos "mercenários’’.

EUA

Ao mesmo tempo em que denuncia planos para matá-lo, Morales sinaliza aproximação com os Estados Unidos. Ontem, ele elogiou o presidente norte-americano, Barack Obama, mas enfatizou a necessidade de fatos concretos para recuperar as relações entre ambos os países.

Em resposta a uma condenação de Obama a qualquer tentativa de golpe na Bolívia, Morales disse que havia instruído seu gabinete a dar prioridade para a recuperação das relações com os Estados Unidos, em crise desde a expulsão mútua de embaixadores no ano passado.

"Penso que uma verdadeira mudança reflete em fatos, e os sinais são um começo muito importante", disse o líder esquerdista boliviano a correspondentes internacionais.

No domingo, durante o encerramento da Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago, Obama disse que era "absolutamente contra qualquer tentativa de violência para derrotar os governos eleitos democraticamente.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]