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Ativistas do Paquistão queimam imagem do ex-presidente dos EUA George Washington, durante protesto contra chacina no Afeganistão | Banaras Khan/AFP
Ativistas do Paquistão queimam imagem do ex-presidente dos EUA George Washington, durante protesto contra chacina no Afeganistão| Foto: Banaras Khan/AFP

Uma fonte do Exército norte-americano afirmou ontem que o militar responsável por matar 16 afegãos no domingo, em Kanda­­har, no Afeganistão, é o sargento Robert Bales. Ele foi transferido para uma base militar no Kansas, nos EUA.

Segundo a rede de tevê norte-americana NBC, Bales tem um histórico limpo no Exército e já teria recebido diversas condecorações. Mais cedo, ainda sem confirmar a identidade do sargento, seu advogado o descreveu como um "militar de carreira", que se alistou uma semana depois do 11 de Setembro.

O advogado diz ter falado com o cliente por telefone, mas se negou a confirmar se ele tem problemas psicológicos ou se teria confessado os crimes.

"O soldado e a mulher tinham um casamento muito saudável", disse Browne, acrescentado que o militar tem dois filhos, um de 3 e outro de 4 anos.

Casado e pai de dois filhos, Robert Bales já havia servido três vezes no Iraque e estava desde dezembro no Afeganistão. Ele foi enviado para o Kwait após o massacre, mas teve de sair às pressas. Autoridades kuwaitianas ficaram enfurecidas depois de descobrir pela imprensa que o homem responsável pelo massacre estava em seu território.

Segundo Browne, o sargento estaria infeliz em sair dos EUA pa­­ra mais uma missão – sua quarta – por causa de ferimentos que teria sofrido no Iraque. Um dia antes, o soldado ainda teria visto um amigo perder uma perna durante um combate. Browne, no entanto, negou a versão de que o militar teria um casamento conturbado e questionou as versões de que ele estaria embriagado e sob forte estresse.

Ontem, o presidente do Afega­­nistão, Hamid Karzai, disse estar no "fim da linha" com a falta de cooperação dos EUA na investigação sobre a chacina. Após uma reunião com parentes de vítimas do massacre, Karzai levantou suspeitas sobre o número de militares envolvidos e disse que vai in­­vestigar o crime.

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