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O Iêmen lançou uma grande ofensiva contra a Al Qaeda após a embaixada dos EUA em Sanaa ter sido reaberta, nesta terça-feira, depois que forças de segurança realizaram um ataque nos arredores da cidade que encerrou uma ameaça iminente à segurança.

O Iêmen enviou milhares de soldados para participar de uma campanha contra a Al Qaeda em três províncias, disse uma fonte de segurança nesta terça-feira, e as autoridades já detiveram cinco suspeitos combatentes do grupo.

"A campanha continua na capital e nas províncias de Shabwa e Maarib", disse à Reuters a fonte, que exigiu anonimato para falar. A caçada também continua na província meridional de Abyan. Não foram divulgadas outras informações.

A embaixada norte-americana no Iêmen foi reaberta depois de um ataque que matou dois militantes da Al Qaeda ter resolvido preocupações específicas de segurança que levaram as missões norte-americana e britânica a fechar suas portas, anunciou a embaixada.

A violência explodiu na região da fronteira entre Iêmen e Arábia Saudita, onde rebeldes xiitas envolvidos em uma revolta contra o governo central disseram que uma série de ataques aéreos sauditas a um mercado destruiu lojas e casas, matando duas pessoas e deixando três outras feridas.

O Iêmen, o mais pobre dos países árabes, ganhou destaque na guerra liderada pelos EUA contra militantes islâmicos quando uma ala da Al Qaeda baseada no Iêmen reivindicou a tentativa fracassada de detonar uma bomba em um avião com destino aos EUA, no dia do Natal.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse que os combates no Iêmen são uma ameaça à estabilidade regional e global.

"As bem-sucedidas operações de contraterrorismo realizadas por forças de segurança do governo do Iêmen em 4 de janeiro ao norte da capital trataram de uma preocupação específica e contribuíram para a decisão da embaixada de retomar suas operações", disse a embaixada dos EUA em comunicado.

O comunicado diz que a embaixada -- uma estrutura reforçada com grandes lajes de concreto para proteção contra ataques -- foi reaberta após dois dias de fechamento motivados por informações dignas de crédito que indicavam "a probabilidade de ataques terroristas iminentes na capital iemenita, Sanaa."

Localizado estrategicamente no sul da Península Arábica, o Iêmen procura combater a ameaça de combatentes ressurgentes da Al Qaeda, ao mesmo tempo em que uma revolta xiita acontece no norte e que um movimento separatista agita o sul.

O Ocidente e a Arábia Saudita temem que a Al Qaeda aproveite a instabilidade no país para estender suas operações ao país vizinho, maior exportador mundial de petróleo, e mais além. O próprio Iêmen também produz petróleo, mas em pequeno volume.

As embaixadas britânica e francesa também retomaram suas operações nesta terça-feira, mas ficaram fechadas ao público, disseram diplomatas dessas missões.

O Iêmen reforçou as medidas de segurança em volta de embaixadas e áreas residenciais onde vivem estrangeiros, disse a mídia estatal. Moradores disseram que não havia segurança extra imediatamente visível na embaixada norte-americana, já fortemente protegida, onde dois carros-bomba mataram 16 pessoas em 2008.

O Iêmen tem funcionado há anos como base de apoio à Al Qaeda. Militantes atacaram o navio da Marinha americana USS Cole no porto iemenita de Aden em 2000, matando 17 marinheiros dos EUA. E os iemenitas foram um dos maiores grupos que treinaram nos campos da Al Qaeda no Afeganistão antes dos ataques de 11 de setembro de 2001.

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