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Sanaa - Centenas de milhares de iemenitas fizeram manifestações ontem em quase todas as grandes cidades do país, exigindo julgamento para a família e assessores próximos do presidente enfermo Ali Abdullah Saleh.

Foram os maiores protestos desde que Saleh saiu do país para realizar tratamento médico por causa de ferimentos causados num ataque ao seu palácio.

Alguns integrantes de sua fa­­mília e assessores próximos ficaram para trás e o Iêmen continua preso a uma disputa de poder en­­tre os aliados do presidente e líderes tribais que reivindicam o fim do regime de quase 33 anos.

Em Washington, o coordenador de contraterrorismo do De­­par­­tamento de Estado, Daniel Benjamin, disse que os Estados Unidos estão preocupados com a possibilidade da agitação no Iê­­men alimentar as conexões entre os militantes ligados à Al-Qaeda do país e os insurgentes do grupo extremista al-Shabab na Somália. Benjamin disse que os insurgentes no Iêmen estão tentando tirar vantagem da turbulência no país e agem mais abertamente, com a chance de conquistar e manter mais territórios.

Moradores de Shabwa, um dos redutos da Al-Qaeda no sul do Iêmen, relataram o aumento da presença de aviões não tripulados dos EUA, sugerindo que os americanos estão supervisionando a situação de perto.

Base

A CIA tenta agilizar a construção de uma base no Golfo Pérsico pa­­ra seus aviões não tripulados, mas o processo está sendo atrasado por problemas logísticos, disseram oficiais norte-americanos. Falando sob anonimato, eles disseram que a base ainda vai demorar oito meses para ser terminada.

Ontem, dezenas de milhares de jovens se reuniram em frente da casa do presidente em exercício, Abed Rabbo Mansour Hadi, que assumiu o poder com a retirada de Saleh. A multidão prometeu ficar no local – que é protegido por forças especiais lideradas pe­­lo filho de Saleh – até suas reivindicações serem atendidas.

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