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Ignacio Ferrero, especialista em caixas-pretas, responsável pelo setor de segurança aérea da companhia espanhola Iberia

Como o senhor analisa este acidente?

Com uma causa primária e uma concatenação de causas secundárias que acabam em uma tragédia. Fala-se de uma falha em um dos motores, mas é preciso deixar uma coisa clara: os aviões estão revisados e atestados para voar, e as tripulações estão treinadas.

O que quero dizer é que, se acontece uma falha no motor, mesmo quando o avião já está pegando velocidade para decolar, não tem por que acontecer nada. Está claro que há outras causas além da falha no motor.

Há versões de que um dos motores explodiu na decolagem e que o avião partiu em dois no ar...

Que haja uma explosão no motor, sim, mas que se rompa ao meio no ar, não. Nunca vi isso. Certamente se partiu com a queda.

É possível que o técnico de manutenção tenha deixado passar uma falha muito grave que causou um acidente tão horrível?

Se o avião tivesse um problema de motor tão grande a ponto de explodir, isso teria sido visto muito antes, mas eu, por enquanto, descarto uma falha na manutenção. Seria irresponsável fazer qualquer avaliação antes do final das investigações. Mas não foi só falha do motor, houve outras causas.

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