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Perseguição religiosa: a China está entre os 20 países com maior repressão contra cristãos no mundo| Foto: Gaston Laborde/Pixabay

O governo provincial de Liaoning, na China, suspendeu as atividades de uma igreja local acusada de funcionar como uma "organização social ilegal". O fechamento da comunidade foi realizado pelo Gabinete de Assuntos Civis da região, ligado ao Partido Comunista Chinês (PCC), cujo líder é o ditador Xi Jinping.

Segundo as leis chinesas, qualquer instituição religiosa não listada no “sistema de investigação de informações de organizações sociais legalmente registadas” é suscetível de se enquadrar na prática de atividades ilícitas pelo governo.

Para as autoridades de Liaoning, a igreja doméstica funcionava “sob o disfarce de um grupo social, violando as disposições do Regulamento sobre o Registo e Gestão de Organizações Sociais”.

Com isso, a justificativa de fechamento da comunidade foi “salvaguardar eficazmente os direitos e interesses legítimos do povo, garantindo a segurança nacional e a estabilidade social”.

O governo ainda ressaltou por meio de um comunicado público que verificasse a identidade jurídica das organizações sociais ao participar de atividades relevantes para evitar ser “enganado” e, consequentemente, punido.

Sistema de vigilância constante

Na China, regida pelo Partido Comunista (PCC), as organizações e indivíduos devem fornecer ativamente provas das atividades realizadas, incluindo as igrejas domésticas.

Os líderes responsáveis pela administração dos espaços devem compartilhar informações sobre o funcionamento das instituições como nome, organizador, participantes, horário das atividades, local das atividades, site e telefone. Todas essas informações devem então ser fornecidas ao Centro de Serviços Governamentais.

No último final de semana, o ditador Xi Jinping realizou uma visita “surpresa” à região de Xinjiang, onde incentivou as autoridades locais a preservar a "estabilidade social conquistada com esforço" e intensificar os esforços para conter as atividades religiosas consideradas “ilegais" pelo governo.

Essa foi a segunda visita de Xi à região desde o início da repressão rigorosa que o regime comunista vem realizando contra os uigures, minoria muçulmana de Xinjiang, há quase uma década. A primeira visita de Xi Jinping à região ocorreu em junho do ano passado.

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