Sobreviventes do naufrágio que condenou à morte uma centena de imigrantes ilegais equatorianos contaram que ficaram à deriva por dois dias, depois que uma grande onda alcançou o barco em que estavam, na sexta-feira. Eles também revelaram que os demais imigrantes ficaram presos no porão do barco - uma embarcação com capacidade para 15 pessoas, mas que levava 103. O barco afundou em águas colombianas, no Oceano Pacífico.
Na quarta-feira, quando as autoridades noticiaram a descoberta dos sobreviventes - encontrados e resgatados por um pesqueiro no domingo -, chegou-se a noticiar que o naufrágio havia sido na terça-feira. Agora, a confusão suscita questionamentos sobre a demora da Marina Equatoriana em fazer alguma coisa. A Marinha recebeu o primeiro relato sobre o incidente no domingo. Mas as notícias de operações de busca surgiram apenas na quarta-feira - e da Marinha da Colômbia.
Os nove resgatados - entre eles uma menina e um adolescente - contaram que passaram dois dias presos a uma bóia, bebendo apenas um pouco de água doce que acharam numa bolsa que estava flutuando.
Os sobreviventes - uma mulher, uma menina, um adolescente e oito homens - estão muito queimados de sol, mas o estado geral de saúde deles é bom. Eles haviam partido, rumo à Guatemala, do porto de Esmeraldas, no Noroeste do Equador, com esperanças de construir uma vida melhor. Acabaram sendo levados para a cidade de Manta, no Equador.
Nesta quinta-feira, as buscas continuavam, ainda que a esperança de se encontrarem sobreviventes seja mínima. Os resgatados disseram que pelo menos outras cinco pessoas conseguiram sair do barco, mas que não sabiam o paradeiro delas. Aviões e barcos do Equador, Colômbia e Estados Unidos participam da operação.
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